Abstract
Este artigo procura ser uma incursão introdutória num dos problemas mais prementes para quem se propõe estudar e conhecer os processos como a cultura impressa se engendra e como, através dos seus itinerários de circulação e apropriação, ela corresponde e correspondeu a uma das fórmulas de enunciação e circunscrição do mundo na modernidade. Esse problema surge como consequência do reconhecimento da relevância dos acervos documentais e materiais de editores e livreiros para o estudo e análise do processo sócio-histórico de construção da cultura impressa. Aborda-se e explora-se o difícil ecossistema social de produção e sobrevivência desses acervos, num contexto nacional e internacional de actividade e de enquadramento institucional desfavorável à constituição, preservação e patrimonialização dessas fontes fundamentais para o conhecimento da cultura impressa.