Abstract
Este breve ensaio é uma reacção a perguntas de Bernardino Orió de Miguel. As perguntas que fecham Leibniz, Crítica de la razón simbólica são: “porque há analogias de analogias in infinitum?” e, para o filósofo da harmonia pré-estabelecida, “a expressão, que liga todos os níveis, terá sido apenas um compromisso socialmente correcto que oculta a noção do símbolo?”. Examino algumas das suas implicações para a noção actual de organismo, sob a forma de documentação preliminar ao estudo de mónadas, forças, fibras, ictos e suas expressões. Dados os constrangimentos de espaço, concentro-me em duas questões: que significou o mecanismo, na sua diversidade, para Leibniz e alguns médicos do séculos XVII e XVIII; que significou a invenção do conceito de organismo pelo autor da Monadologia, na perspectiva das relações entre corpo, espírito e alma? Interessado no mergulho do infi nito no finito, concluo com um apontamento acerca da teoria da doença mental na proto-modernidade.