Abstract
Este artigo tem como objetivo trazer uma análise da noção de "cultura afirmativa" em Herbert Marcuse, estabelecendo algumas aproximações de sua teoria crítica com as reflexões a respeito da técnica empreendidas por Martin Heidegger. O que temos em mente é que a cultura forma a sociedade, constituindo a civilização. Mas será que podemos dizer que civilização e sociedade são a mesma coisa? Será que a cultura realmente é aquilo que forma a sociedade e a civilização? A preocupação que devemos ter, portanto, é tentar definir o que nos faz sermos humanos e o que nos faz viver em sociedade. Com esta análise, essencialmente bibliográfica, pretendemos mostrar que Marcuse pode nos apontar um caminho para a superação da "cultura afirmativa", buscando uma fruição estética que esteja acima das relações econômicas e ideológicas da sociedade burguesa.