Abstract
Ao ler Levinas, a impressão que se tem, muitas vezes, é de que se trata de um pensamento elaborado como que de “fora para dentro”, em que se chega às questões mais técnicas e pontuais não por uma necessidade interna da argumentação, mas por uma necessidade externa de fidelidade ao movimento filosófico-motivacional maior da reflexão como um todo. O objetivo do presente texto consiste em ilustrar alguns aspectos desta dialética que acaba por confluir em uma releitura da própria ideia de sentido; para tanto, examinaremos o ensaio “Humanismo e An-arquia”, procurando evidenciar como, à proposta de metamorfose ética da intencionalidade, ali presente, segue-se uma proposta maior de metamorfose de sentido do próprio filosofar