Abstract
Os principais objetivos do presente artigo são: a) rememorar os precedentes e explicar os desdobramentos do conceito de psicodelia através da história da filosofia; b) apresentar as evidências que definem como psicodélico não apenas o efeito de substâncias transformadoras da mente, mas também um conjunto integrado de práticas místicas, um espectro amplo de estados conscienciais e um movimento contracultural de natureza libertária; c) identificar as aproximações possíveis entre a filosofia e a psicodelia a partir do horizonte da estética visionária, da fenomenologia perceptual, da epistemologia consciencial, das éticas da resistência, das políticas da liberdade e da metafísica originária; e d) interpretar o reflorescimento do pensamento psicodélico como filopsicodelia, ou seja, uma análise das ideias filosóficas a partir da experiência psicodélica e uma descrição da experiência psicodélica a partir dos conceitos filosóficos.