Abstract
Quando os fatos já não se configuram como verificação do real, o discurso pode ganhar um estatuto ontológico independente. Esta horizontalidade entre o fato e o discurso não se dá a salvo de consequências, principalmente quando observada a interferência desse fenômeno em processos de tomada de decisão. É por essa razão que o presente artigo visa refletir sobre o problema da verdade em tempos de uma autonomia nos discursos. Guiando-se pela questão: “como podemos decidir se não sabemos, ao certo, acerca de qual objeto está sendo decidido?”, nos valemos das leituras dos clássicos da filosofia para empreender uma discussão acerca do tema.