Abstract
O autor desenvolve uma narrativa que combina a descrição com a sua experiência enquanto leitor e sobretudo enquanto membro envolvido no lançamento e dinamização de revistas de Filosofia. O artigo destaca o percurso solitário da Revista Portuguesa de Filosofia, ao longo de décadas, e a sua capacidade de renovação evidenciada na última década; assume que o lançamento da revista Filosofia e Epistemologia significou a pedrada no charco que rompeu com hábitos paralisantes, afirmando um estilo que influenciou projectos futuros, nomeadamente a Análise, cujo carácter adveio, em larga medida, da sua articulação com um programa de investigação coerente e pluridisciplinar. Por último, o artigo interroga-se sobre o papel das revistas de Filosofia no incremento da incipiente comunidade filosófica portuguesa.