Abstract
Max Jammer has recently proposed a model of God's eternity based on the special theory of relativity, offering it as an example of how theologians should take into account what physicists say about the world. I start evaluating this proposal by a quick look at the classic Boethius-Aquinas model of divine eternity. The major objection I advance against Jammer refers to Einstein's subtle kind of realism. I offer various reasons to show that Einstein's realism was minimal. Moreover, even this minimal realism has been undermined by recent experimental work. If Jammer is suggesting that theologians should take Einstein's physics seriously because it describes the world, his argument is unconvincing because it doesn't address the crucial question of Einstein's realism, which makes all the difference. /// O artigo toma em consideração o modelo acerca da eternidade de Deus baseado na teoria especial da relatividade de Einstein recentemente proposto por Max Jammer, autor que considera ser este um exemplo de como os teólogos deveriam tomar em consideração aquilo que os físicos dizem acerca do mundo. O autor do artigo começa por fazer uma avaliação desta proposta mediante uma breve referência ao modelo clássico de Boécio e S. Tomás acerca da eternidade divina. A principal objecção levantada pelo artigo contra Jammer tem a ver com a forma subtil de realismo de Einstein. Segundo o autor do artigo, o realismo de Einstein era mínimo. Mais ainda, mesmo este realismo mínimo foi minado por trabalhos experimentais mais recentes. Com efeito, se Jammer sugere que os teólogos devem tomar a sério a física de Einstein baseados na presunção de que esta descreve o mundo, então o seu argumento, diz o autor do artigo, não convence na medida em que não trata da questão crucial acerca do realismo de Einstein, questão esta que sem dúvida faz toda a diferença