Os objetos da música e da matemática e a subalternação das ciências em alguns tratados de música do século XVI

Trans/Form/Ação 37 (1):9-30 (2014)
  Copy   BIBTEX

Abstract

Sabe-se que, durante alguns períodos da história, a Música e a Matemática foram ciências que compartilharam seus conceitos e discussões. Um dos períodos no qual essa comunhão se deu de maneira significativa foi o Renascimento. A Música era então classificada como ciência e, pertencendo ao grupo das matemáticas, dividia seu espaço com a Aritmética, a quem era subordinada, com a Geometria e a Astronomia. Essa divisão foi transmitida através das obras do filósofo Sevério N. Boécio e prevaleceu durante o século XVI, juntamente da noção de subalternação das ciências, provida na obra de Aristóteles e de seus comentaristas. Contudo, durante a segunda metade do século XVI, o cenário teórico foi sofrendo questionamentos e sendo por vezes reformulado. Tais reformulações tomaram várias formas, todavia, foi no diálogo entre dois autores específicos, Gioseffo Zarlino (1517-1590) e Vincenzo Galilei (1533?-1591), que a estrutura vigente foi realmente abalada. Neste artigo, pretendese mostrar a relevância da subalternação das ciências na discussão metodológica para a pretendida reformulação teórica, visto que um dos problemas metodológicos centrais da demonstração nas ciências matemáticas do século XVI foi a reconciliação entre as condições ideais, que governavam o mundo matemático, no caso específico o da Aritmética, e as condições reais do mundo físico natural. It is assumed that during specific periods in history Music and Mathematics were fields which had shared concepts and topics of discussion. A very well known period in which such a communion was specific prolific was the Renaissance. Music was then a mathematic science classified within the quadrivium. During the Renaissance, this conception was well known through the works of the philosopher Boethius and the notion of the subalternate sciences was disseminated through the works of Aristotle and his commentators. However, in the sixteenth century, reformulations were demanded by a number of authors. In the works of Gioseffo Zarlino (1517-1590) and Vincenzo Galilei (1533?-1591) the question on the classification of Music and Mathematics was specifically relevant in challenging the theoretic framework. Therefore, the aim of this article is to demonstrate the relevant role of the discussion on the subalternation of sciences, as it is known that one of the central methodological problems in the demonstration of sciences during the sixteenth century was the definition and reconciliation of the abstract mathematic object and the natural object

Links

PhilArchive



    Upload a copy of this work     Papers currently archived: 92,261

External links

Setup an account with your affiliations in order to access resources via your University's proxy server

Through your library

Similar books and articles

Tradução: Fragmento sobre música e linguagem.Theodor Adorno - 2008 - Trans/Form/Ação 31 (2):167-171.
Música y subjetividad. Hegel y las concepciones románticas de la música.Antonio Cataldo - 2012 - Anales Del Seminario de Historia de la Filosofía 29 (2):593-608.
Música y subjetividad. Hegel y las concepciones románticas de la música.Gustavo Cataldo Sanguinetti - 2012 - Anales Del Seminario de Historia de la Filosofía 29 (2):593-608.
A Metafísica da Música de Arthur Schopenhauer.Henry Burnett - 2012 - Veritas – Revista de Filosofia da Pucrs 57 (2):143-162.
La idealización en la matemática.Thomas Mormann - 2012 - Discusiones Filosóficas 13 (20):147 - 167.
Muzyka u Boecjusza i w filozofii średniowiecznej.Marcin Konik - 2006 - Archiwum Historii Filozofii I Myśli Społecznej 50.

Analytics

Added to PP
2014-05-14

Downloads
42 (#380,966)

6 months
7 (#439,760)

Historical graph of downloads
How can I increase my downloads?