Franz Brentano e as crises filosóficas nas quatro fases da sua história

ARGUMENTOS - Revista de Filosofia 29:86-97 (2023)
  Copy   BIBTEX

Abstract

Este trabalho analisa a polêmica "teoria das quatro fases da filosofia", tal como foi publicada por Franz Brentano em 1895, com o propósito de apresentar o papel das crises filosóficas no interior do movimento histórico-filosófico ocidental. Descrevemos, primeiramente, o modo como Brentano assume a clássica divisão da história em três períodos (antigo, medieval e moderno), para subdividir cada um desses períodos em quatro movimentos filosóficos distintos (movimento filosófico de interesse puro, movimento filosófico de interesse prático, movimento filosófico cético e movimento filosófico místico). Nossa análise explicitará que, segundo a tese principal ali defendida por Brentano, (a) os movimentos filosóficos se sucedem no interior de cada período histórico em função de uma crise intrínseca ao próprio processo histórico da filosofia e (b) o que define a crise filosófica é o modo como cada um dos movimentos filosóficos, constituintes da segunda, terceira e quarta fases, diferem do movimento filosófico constituinte da primeira fase. Como conclusão da nossa análise, defenderemos que os pressupostos históricos filosóficos brentanianos da sua "4ª tese de Habilitação" são os critérios fundamentais da filosofia ascendente encontrados nos métodos de Aristóteles, Tomas de Aquino, Bacon e Descartes. Em outras palavras, sustentaremos que se tratava, para Brentano, de reconhecer em tais métodos filosóficos o seu poder de sustentar aquele tipo de percepção capaz de garantir evidência ao conhecimento, pois esse seria o modo de evitar que a filosofia (i) substituísse seu interesse teórico pelo interesse prático, (ii) se entregasse ao ceticismo, ou ainda, (iii) sucumbisse ao misticismo.

Links

PhilArchive



    Upload a copy of this work     Papers currently archived: 91,881

External links

Setup an account with your affiliations in order to access resources via your University's proxy server

Through your library

Similar books and articles

The Philosophy of Brentano.Linda L. McAlister (ed.) - 1976 - Atlantic Highlands, N.J.: Humanities Press.
Franz Brentano in Italia: Cornelio Fabro, un caso paradigmatico.Antonio Russo - 2013 - Rivista di Storia Della Filosofia 68 (4):755-766.
Franz Brentano: Life and Work.Binder Thomas - 2017 - In Uriah Kriegel (ed.), The Routledge Handbook of Franz Brentano and the Brentano School. London and New York: Routledge. pp. 15-20.
Franz Brentano on the Ontology of Mind.Kevin Mulligan & Barry Smith - 1985 - Philosophy and Phenomenological Research 45 (4):627-644.
Franz Brentano in Vienna.Denis Fisette - 2020 - In Denis Fisette, Guillaume Fréchette & Friedrich Stadler (eds.), Franz Brentano and Austrian Philosophy. New York: Springer. pp. 3-21.
The Prague School.Hynek Janoušek & Robin Rollinger - 2017 - In Uriah Kriegel (ed.), The Routledge Handbook of Franz Brentano and the Brentano School. London and New York: Routledge. pp. 313-322.
Ehrenfels and Brentano.Maria Elisabeth Reicher - 2017 - In Uriah Kriegel (ed.), The Routledge Handbook of Franz Brentano and the Brentano School. London and New York: Routledge. pp. 283-292.
Brentano and Mathematics.Carlo Ierna - 2012 - In Ion Tănăsescu (ed.), Franz Brentano's Metaphysics and Psychology. Bucharest: Zeta books.
Sign and Language in Anton Marty: before and after Brentano.Hélène Leblanc - 2021 - In Arnaud Dewalque, Charlotte Gauvry & Sébastien Richard (eds.), Philosophy of Language in the Brentano School: Reassessing the Brentanian Legacy. Palgrave-Macmillan. pp. 119-140.
Von der substanz.Franz Brentano - 1993 - Axiomathes 4 (1):25-40.

Analytics

Added to PP
2023-01-08

Downloads
14 (#990,520)

6 months
12 (#213,833)

Historical graph of downloads
How can I increase my downloads?

Author's Profile

Evandro O. Brito
Universidade Estadual Do Centro-Oeste

Citations of this work

No citations found.

Add more citations

References found in this work

No references found.

Add more references