Abstract
A partir da leitura de Hannah Arendt sobre a relação entre lei, poder e Constituição em Sobre a Revolução, este artigo pretende apontar uma afinidade entre a noção arendtiana de direito e a matriz contemporânea do republicanismo. Para tanto, retoma a empreitada da Revolução Americana na transformação do conceito de Constituição e em seguida o malogro das Constituições francesas pós-revolução. Como pano de fundo, se identifica a preocupação de Arendt com a instauração de um corpo de leis capazes de assegurar a permanência de um espaço público livre e plural, ressoando uma característica do republicanismo contemporâneo.