Abstract
O presente artigo tem por objetivo tematizar os limites da tolerância pura, definida por Herbert Marcuse como uma tolerância ilimitada, indefinida, que pressupõe que tudo deve ser tolerado, inclusive o intolerável, como expressões e práticas preconceituosas. Pretendemos a partir do artigo de Marcuse Crítica da tolerância repressiva delimitar os limites do conceito liberal de tolerância e propor um contra conceito, o de tolerância concreta, com limites definidos que determina a diferença entre o tolerável e o intolerável, desmascarando o caráter ideológico do conceito liberal de tolerância que se tornou repressivo.