Abstract
Neste artigo, meu objetivo é analisar de que maneira o cientista, no âmbito das Ciências Naturais, é educado para assimilar, aplicar e articular um determinado paradigma na solução dos problemas de ciência normal, sem colocá-lo (o paradigma) criticamente em questão, assim qualquer erro que venha a ocorrer na pesquisa é atribuído ao cientista e não ao paradigma. Pretendo também, mostrar que o caráter dogmático do paradigma não permite que o cientista desenvolva pesquisas visando novas descobertas que não se enquadrem nos parâmetros ditados pelo mesmo, tal atitude exige total aceitação e comprometimento da comunidade científica para com o paradigma aceito, gerando assim, uma espécie de profissão de fé na capacidade do paradigma em resolver os quebra-cabeças que se apresentam na prática da ciência normal.