Abstract
Neste artigo queremos por sob escrutínio o papel dos santuários de devoção popular e sua cria dileta, o turismo religioso, em face da formação da identidade nacional. Afirmamos aqui que o lugar da religião como força de criação identitária é visível e quase que auto evidente no fenômeno moderno das migrações. No entanto, a mesma evidência não se impõe quando focamos os olhos no fenômeno turístico e em especial no turismo religioso que acontece em torno dos santuários nacionais.. Discute ainda a dificuldade que a religião encontra em criar um substrato cultural sobre o qual edificar a identidade brasileira. O Santuário Nacional de Aparecida, o mais emblemático santuário brasileiro tampouco consegue produzir uma narrativa hegemônica na qual os brasileiros possam se reconhecer como tais.