Neste artigo, o autor aborda as afirmações de Heinrich Dórrie em favor da não-conciliação radical entre a filosofia grega - especialmente o platonismo - e o cristianismo. Após expor os pontos centrais da tese de Dórrie, o autor critica a sua argumentação, no intuito de tomar evidente que o platonismo, longe de ser uma “ficção” apologética, ofereceu aos Pais da Igreja os instrumentos conceituais para entender o credo cristão. Tais instrumentos conceituais estão profundamente ligados aos elementos centrais da (...) ontologia da filosofia de Platão. (shrink)

A study on the complex relationship between Platonism and the East, and on the Neoplatonic interpretations of some eastern cults in the Roman world, including Isis, Magna Mater, Mithras, and Sol Invictus.

Diversos filósofos e matemáticos contemporâneos admitem que existe uma vertente da filosofia matemática denominada “Platonismo”, segundo a qual, em síntese, os entes matemáticos – números, pontos, retas, planos, _etc_. – são coisas que existem no mundo independentemente de nós. Na literatura especializada é recorrente a compreensão de que essa tese filosófica tem origem na teoria das formas de Platão. Entretanto, a assertiva de que os entes matemáticos existem em si mesmos não é encontrada na filosofia desse filósofo ateniense, observada (...) a passagem 509d, e seguintes, do seu diálogo _A_ _República._ Na verdade, segundo o pensamento matemático de Platão os entes matemáticos possuem um valor intermediário, como mostramos nas seções a seguir ao “reconstruirmos” o seu raciocínio da “linha dividida”, segundo os trechos da _República_: (1) _Livro V_: 477a-b, 477e, 478b, 478c, 478d; (2) _Livro VI_: 509d-e, 510a, 510b, 510c-d, 510e, 511a, 511 a-b, 511d, 511e; (3) _Livro VII_: 533 b-c, 534a. (shrink)

This essay explores the legacy of the Platonic philosophy at the end of the sixteenth century, when the Catholic Church switched from a tolerant approach to a rejection of the heterodox elements of the prisca theologia, and provides an analysis of Ciro Spontoni’s Corona del principe (1590) and Dodici libri del governo di Stato (1599). This two works clearly witnessed this change in the contemporary cultural climate, as Katinis shows highlighting the contrast between the massive presence of Platonism and Hermeticism (...) in the Corona and the exclusion of them from the Dodici libri. Furthermore, the essay examines the relationship between Spontoni’s political arguments and their sources. The essay addresses the major contemporary trends, including Platonism, Aristotelianism, Machiavellism, and Hermeticism, and pays particular attention to Marsilio Ficino’s commentary of Plato’s Republic, translated in vernacular by Spontoni himself and published with his Corona del principe. (shrink)

En el presente trabajo se realiza una breve presentación de la teoría de la democracia deliberativa, tal como la describe Carlos Santiago Nino. En particular, se sugiere que la idea de democracia deliberativa como sucedáneo de un discurso moral que nos permite acceder a la verdad moral adolece de un platonismo en sentido fuerte, según el cual la verdad está fuera de las relaciones sociales, y de un platonismo en sentido débil, según el cual la verdad es ajena (...) a toda relación de poder. (shrink)

Il platonista sostiene che le verità della matematica e della logica siano letteralmente vere, ossia che descrivano (in qualche modo: non voglio legare la definizione a una particolare teoria semantica) realtà che non sono create o decise da noi. Il convenzionalista sostiene invece che le proposizioni che chiamiamo verità della matematica siano in qualche misura convenzionali: esse esprimerebbero convenzioni che abbiamo adottato noi, o certe loro conseguenze. Le due posizioni sono apparenteme...

It is doubtful whether the famous adagium that Western philosophy is a series of footnotes to Plato counts among Alfred North Whitehead’s most profound ideas. This sentence, however, captures a flourishing trend in recent scholarship. During the last two decades, studies on ancient Platonism and its posterity have been impressive for both their number and their quality. I would recall Matthias Baltes’s collection of sources Der Platonismus in der Antike, which aims to reconstruct the basic tenets of ancient Platonism by (...) providing a translated edition with commentary on its fundamental texts (the... (shrink)

Cicero’sTimaeuslegitimately stands as the first Latin exegesis of the Platonic dialogue. I shall deal with the interpretation of §§19–21, a passage that departs significantly from the Greek text in several respects. The aim of this paper is to explore the role Aristotelianism might have played in Cicero’sTimaeus. Among the points that support such an analysis is the mention of the Peripatetic Cratippus in the prologue. The interpretative scenario I suggest considers both Cratippus’ role and Antiochus’s philosophical system with its agreement (...) between Platonism and Aristotelianism. (shrink)

Se formulan dos preguntas en torno a la interpretación que ofrece Marcelo Boeri en Apariencia y realidad en el pensamiento griego acerca del problema de la akrasía en el estoicismo: ¿puede la adaptación monista que hizo Crisipo del modelo platónico del alma dividida en República iv ofrecer una expli..

In my paper, I will address two issues on the characterisation of social objects as subject-dependent objects: (i) Does phenomenological realism imply Platonism in social ontology? (ii) Which type of intentionality is the protagonist of social objects’ existential dependence on subjects? Both questions deal with Ferraris’ reception of Reinach’s phenomenological realism, on the one hand, and with the role played by the intentionality of social acts in the constitution of social objects, on the other (Reinach 1913, Ferraris 2009). According to (...) Ferraris, Reinach’s phenomenological realism becomes a sort of “social Platonism”, and the intentionality of social acts is an individual intentionality. On the contrary, I will maintain that phenomenological realism does not imply social Platonism in social ontology, and that social intentionality is not an individual and solitary intentionality: it is, rather, a heterotropic intentionality which necessarily refers to and depends on other subjects. (shrink)

O presente texto tem por finalidade mostrar a influência de Platão na obra da pensadora francesa Simone Weil. Procuramos esclarecer a exegese que ela faz de um passo do sexto livro da República, no qual ela identifica a contradição essencial que rege a existência humana, a saber, aquela que há entre o Bem, inacessível a nós mas a que todos aspiramos, e o necessário, que tiranicamente a todos acomete. Mostramos, por fim, de que modo é precisamenteessa dialética entre o Bem (...) e o necessário que permite a ela empreender, por um lado, uma critica veemente a Marx e, por outro, uma análise original e profunda acerca da amizade. (shrink)

Hegel foi o último filósofo a expor a Filosofia enquanto Sistema. Ele é da tradição platônica onde o Absoluto se desdobra internamenteenquanto Sistema. Hegel foi o iniciador, antes mesmo de Heidegger e Gadamer, da hermenêutica. Crítico de Kant, demonstrou que a vigência de dois mundos paralelos não passa de ilusão de uma razão demasiado apegada à sacralidade da coisa em si. Hegel demonstrou, muito antes de Heidegger, que ser e tempo possuem uma imbricação ontológica, que o horizonte do Dasein está (...) no percurso mesmo para o Ser, e que este se desdobra enquanto história, e que o “caminho que sobe e o que desce” é o mesmo. Pela Fenomenologia do Espírito demonstra o que percurso da consciência que sobe em direção ao Absoluto, trilhado com seriedade, dor, paciência e o trabalho do negativo (PhG, § 9) é, simultaneamente, Ontologia e Ciência. (shrink)