This article aims to show the way that Merleau-Ponty discusses the subject of the creative expression on literature. In order to do that, we shall analyze the texts of the intermediary period to point out the creative literature is due to arrangement of the own signs of the common language.
Merleau-Ponty utiliza com freqüência em seus textos a figura da metáfora. À primeira vista, esse recurso teria papel funcional, ou seja, serviria para dizer de outra maneira, por meio de imagens, o mesmo referente. No entanto, estando ausente o ideal de representação e, portanto, ausente a referência objetiva, a figura da metáfora deverá ser compreendida, em Merleau-Ponty, não como ilustração acessória, mas como um uso da linguagem que modifica seu estatuto referencial. Ao conceber metaforicamente a linguagem (...) da filosofia, Merleau-Ponty incorpora um procedimento próprio à narrativa literária, o que faz ver de que maneira estão relacionadas em sua obra filosofia e literatura, tanto no que diz respeito ao seu arranjo textual, quanto no diz respeito ao tema filosófico da linguagem. (shrink)
Neste artigo, procuraremos mostrar que há na análise merleau-pontyana da linguagem um projeto ontológico implícito, baseado na tentativa de desvelar uma estrutura de Ser em que lógica e contingência, unidade e diversidade, encontram-se constitutivamente ligados, fazendo do subjetivo e do objetivo momentos reversíveis em uma totalidade comum.
The present article investigates some consequences from the rapport ofthe creative and the sedimented language in Maurice Merleau-Ponty's works. It aims at analyzing the different positions adopted by the philosopher on that rapport by considering the image of a boiling liquid as the guide for such analysis. The heuristic power of this image will help, on one side, to comprehend the different standpoints used to interpret the phenomenon of language; on the other side, it will serve as an index (...) to follow the rectification and the radicalization of his philosophy. (shrink)
O objetivo deste artigo é examinar as relações entre a linguagem e a experiência (a que ela se refere) em Merleau-Ponty. Tento examinar quais as críticas de Meleau-Ponty a uma série de teorias da linguagem que ele considera "naturalizantes". Em seguida, vejo como significações ideiais são possíveis "emergindo" da experiência sensível. Creio ser possível relacionar esses dois patamares mediante o conceito husserliano de Fundierung e a estrutura temporal desse conceito.
This article revisits the concept of great prose originally proposed by Merleau-Ponty to stress the importance of literary language in the problem of the expression of truth. To achieve this objective, the main theses of the course given by Merleau-Ponty in the 1953-1954 academic year, titled Le problème de la parole, will be discussed. A characterization of literary language and its ability to express the meaning of perception will follow. Finally, the need to incorporate literary expression in the (...) elaboration of a philosophy of the sensible will be considered. (shrink)
Resumo: O problema da intersubjetividade, tal como colocado pela filosofia da consciência, exigiu de Merleau-Ponty uma investigação de alguns aspectos essenciais envolvidos no fenômeno da comunicação, tais como o valor expressivo da palavra e a questão da verdade, o que acabou por inserir o filósofo no cenário das grandes discussões linguísticas. Pelo aprofundamento especulativo em direção à camada pré-reflexiva da existência, a análise da linguagem e da intersubjetividade favoreceram não apenas a compreensão da questão da criação de novos (...) significados: ela também possibilitou uma autêntica experiência de comunicação. Foi pela realização desse estudo que o filósofo radicalizou seu pensamento em direção a uma ontologia indireta, afastando-se da noção de cogito tácito como condição de possibilidade da experiência intersubjetiva. O objetivo desse artigo é acompanhar esse percurso realizado por Merleau-Ponty na década de 1950, a fim de evidenciar a relação entre o fenômeno da criação no domínio da linguagem e a possibilidade da experiência intersubjetiva. Palavras-chave: criação; intersubjetividade; linguagem; verdade. (shrink)
Normal 0 21 false false false PT-BR X-NONE X-NONE MicrosoftInternetExplorer4 Que significa fazer uma filosofia da diferença? Como é possível captar o movimento singular de algo, sem subordiná-lo a categorias universais, sem submetê-lo aos limites da identidade e da representação? Ademais, como podemos capturar a experiência de nós mesmos sem reduzi-la à expressão de faculdades desde sempre prontas para agir sob a unidade sintética de um eu ou, ainda, sem espacializar a densidade criadora que a permeia? Certamente, essas questões (...) ditam o norte do pensamento de Deleuze, embora já estivessem de algum modo presentes na filosofia de Merleau-Ponty, sugerindo direções pouco exploradas pelo autor de Diferença e repetição. Afinal, enquanto Merleau-Ponty pretende desvelar o caráter originariamente não-intelectual das ligações produzidas no interior da experiência, Deleuze busca dar dignidade ontológica à diferença tomada em si mesma. Sendo assim, o objetivo deste artigo é fazer uma reflexão sobre o lugar concedido à diferença nos dois filósofos no intuito de compreender alguns dos desafios enfrentados por um pensamente que recusa se submeter ao império da identidade. (shrink)
O ponto de partida do presente ensaio é o entendimento de que a arte constitui um dos motivos catalisadores, se não mesmo um dos temas maiores da reflexão de Maurice Merleau-Ponty. Na interpretação do autor, o filósofo da percepção, aquele que, de todos os pensadores contemporâneos, conferiu ao corpo po um estatuto que a reflexão do século XX ainda não lhe concedera, chegou à arte por necessidade intrínseca do seu próprio caminho especulativo, vindo a reflexão sobre a expressão (...) artística a dar um contributo essencial para a constituição do seu próprio pensamento, contributo esse que se vai adensando, desde a Fenomenologia da Percepção até O Visível e o Invisível e O Olho e o Espírito, a ponto de poder dizer-se que na arte, particularmente na arte moderna, encontrou Merleau-Ponty uma filosofia à l'oeuvre, apesar da ausência do conceito, a que é, de facto, alheia a expressão artística. José Bettencourt da Câmara é professor no Departamento de Artes da Universidade de Évora.. In Editorial. (shrink)
Sabe-se que, ao ganhar expressão na obra de Hegel, a dialética ainda terá uma repercussão decisiva no debate contemporâneo. Amostra disso é a sua recepção no seio da tradição fenomenológica inaugurada por Husserl, e que tem, nas figuras de Sartre e de Merleau- Ponty, duas referências emblemáticas. Meu objetivo, aqui, consiste em fazer um sumário balanço dessa herança conceitual nas mãos desse último autor. Quer dizer: partindo da própria matriz hegeliana, ao situar o seu alcance e os seus (...) limites, trata-se de cortejar a inflexão operada pela noção merleau-pontyana de “hiperdialética”, ou seja, uma “dialética sem síntese”. O que Merleau-Ponty retrata é o reconhecimento, na dialética, de uma atitude “autocrítica” no sentido de que ela não pode ser nem o “ser para si” nem o “ser em si”. Sua dimensão “hiper” acentua, sobremaneira, um movimento de “ir além”, de “transcender” toda polaridade rígida, isto é, de desconstruir toda síntese final positiva indiferente ao sentido ambíguo da experiência e da história no coração da contingência. (shrink)
este artigo visa à compreensão de Merleau-Ponty sobre a linguagem no começo da década de 50. Ou seja, visa à análise da linguagem num momento fundamental de sua experiência filosófica: num período entre sua tese de 1945 e seus últimos escritos sobre a filosofia da carne. Veremos como o filósofo apropria-se das reflexões de Saussure, interpretando-as segundo um olhar fenomenológico, convergindo uma fenomenologia da fala com um problema claramente da sua filosofia: a intersubjetividade. O saldo dessa apropriação, (...) como destacaremos, é um esboço da generalidade do sentir – um dos temas fundamentais em Le visible et l’invisible. (shrink)
Este trabalho pretende comentar a doutrina que Merleau-Ponty expõe, em seus distintos períodos, sobre o que caracteriza a obra clássica e sua interpretação. Aponta-se como pressupostos dessa doutrina a admissão de uma certa filosofia da linguagem, bem como de uma particular teoria da produtividade. Em função disso, pergunta-se se, efetivamente, foi feita, ali, uma crítica radical da "filosofia da consciência", como usualmente se supõe.  .
A partir das reflexões do último Merleau-Ponty sobre a ontologia clássica e sua compreensão do ser, particularmente n? O visível e o invisível , podemos descobrir certas questões que aproximam sua filosofia da de Espinosa. Ao repassar algumas delas, esperamos mostrar ao menos a pertinência de uma investigação acerca das relações entre espinosismo e merleau-pontysmo.
Este artigo pretende abordar a obra de Nicolau Maquiavel principalmente a partir da leitura feita por Maurice Merleau-Ponty. Para isto, apresentaremos, em um primeiro momento, alguns traços gerais da filosofia política merleau-pontiana com o intuito de rastrear a presença de Maquiavel no espectro de sua obra. Tratar-se-á, também, de indicar as balizas que guiam MerleauPonty na leitura de um texto filosófico. Quanto à discussão da filosofia maquiaveliana, procuraremos, em seguida, destacar os pontos que fizeram do secretário florentino o (...) primeiro pensador político moderno, momento em que teremos a oportunidade de explicitar a interpretação de Merleau-Ponty. Para concluir, serão colocados em relevo os aspectos que, segundo a expressão de Claude Lefort, fazem com que a política em Maquiavel seja compreendida como “grande política”. (shrink)
: The author seeks an explanation for Merleau-Ponty's expression "the body understands", to which a real value is applied: the objects of the world have a signification that the body grasps by way of perception. The analysis focuses on Merleau-Ponty's Phenomenology of perception and on notes from two of his courses, Le monde sensible et le monde de l'expression and La nature. In these works, there is a constant allusion to the I can as an underlying and grounding (...) mode with regard to the I think. The French philosopher thus grants a central role to movement that demonstrates the interweaving of the body with the world. Resumo: O autor busca uma explicação para a expressão "o corpo conhece", de Merleau-Ponty, à qual atribui um valor real: os objetos do mundo têm uma significação que o corpo apreende por meio da percepção. A análise se concentra na Fenomenologia da percepção e nas notas de dois cursos: O mundo sensível e o mundo da expressão e A natureza. Há uma constante alusão ao eu posso como um modo subjacente e fundamental em relação ao eu penso. Daí, o filósofo francês conferir um papel central ao movimento que demonstra o entrelaçamento do corpo com o mundo. (shrink)
Ao reatar o elo mais profundo entre a psicologia e a filosofia, Merleau-Ponty revisita a obra clínica de Kurt Goldstein (1878-1965), reavivando, em especial, seu contributo fenomenológico. As noções de "estrutura" (Gestalt) e "sentido" são, aqui, agenciadas quanto a uma compreensão mais integral do comportamento, da vida e da linguagem; alcance que Goldstein obtém, ao estudar os diferentes distúrbios linguísticos, na contramão das teorias intelectualistas e empiristas, essencialmente causais. Ao retomar esse inventário crítico, Merleau-Ponty atenta para o (...) caráter original, dinâmico e, sobretudo, ontológico dessa proposta. (shrink)
En contra de Sartre, el paralelismo que Merleau-Ponty establece entre literatura y pintura en su escrito El lenguaje indirecto y las voces del silencio es una manifestación de su ontología indirecta. Este texto, que puede ser leído como una reconsideración de la frase horaciana ut pictura poesis ―la pintura es como la poesía―, pretende entonces poner en claro cómo es posible la relación interartística entre la literatura ―arte cuyo material es el lenguaje― y la pintura ―arte que (...) se sirve de formas y colores―. Para el filósofo francés la literatura y la pintura comparten el hecho de ser expresiones de una realidad pre-objetiva. Ahora bien, puesto que la obra de Merleau-Ponty es un intento incesante por incluir esa realidad, el arte, como expresión privilegiada de la misma, adquiere un papel fundamental en el pensamiento filosófico. (shrink)
Resumen: El artículo pretende realizar una confrontación entre el modelo fenomenológico de Merleau-Ponty y la propuesta deconstructiva de Derrida acerca del tema del lenguaje y de la problemática genética. En Merleau-Ponty, la cuestión genética se vincula a la noción de cuerpo y a la expresividad precategorial de los gestos, en los que el silencio describe una dimensión opaca e inalcanzable temáticamente, pero originaria y decisiva para la mirada fenomenológica. Por otra parte, Derrida es un crítico muy radical de (...) todo uso filosófico de un origen pleno, y por lo tanto también de la proyección de un silencio primitivo pretendida por Merleau-Ponty. Sin embargo, la noción de silencio de Merleau-Ponty no cumple cabalmente la función que Derrida le asigna, siendo siempre para Merleau-Ponty un espacio diacrónico y diferencial. El texto que sigue pretende mostrar los puntos de contactos y de distancias entre Merleau-Ponty y Derrida con respecto al tema del lenguaje en general, haciendo también hincapié sobre la cuestión de la literatura, a la que ambos filósofos se dedican ampliamente y a la que ambos pretenden extender las cuestiones evocadas, con el objeto de demostrar que en este ámbito los motivos de oposición entre los dos planteamientos se hacen efímeros.: This article aims to realize a confrontation between Merleau-Ponty's phenomenological model and Derrida's deconstructive proposal, with regard to the subject of language and the genetic problematic. In Merleau-Ponty, the genetic question is linked to the notion of the body and the pre-categorial expressiveness of gestures, in which silence describes a dimension that is opaque and thematically unattainable, but original and decisive for the phenomenological viewpoint. Derrida, in contrast, is a radical critic of the philosophical use of such origin, and therefore also of the projection to a primitive silence sought by Merleau-Ponty. However, the notion of silence in Merleau-Ponty does not fully meet fully the role assigned to it by Derrida, silence being always for Merleau-Ponty a diachronic and differential space. This article aims to show the points in common and the differences between Merleau-Ponty and Derrida on the issue of language in general. Also discussed is the topic of literature, with which both philosophers are widely engaged and to which both try to extend the issues under consideration in this paper. It is argued that in this area the motives behind the opposition between the two approaches become ephemeral. (shrink)
El presente trabajo se divide en dos partes. En la primera parte, se explican las nociones fenomenológicas de temporalidad e historicidad de Maurice Merleau-Ponty, para interpretar la novela sin ficción de Javier Cercas, El Impostor. El personaje de la novela, Enric Marco, crea una identidad falsa como salvavidas a una realidad que no es capaz de ver o en la que no es capaz de existir. Explicaremos como este problema podría ser identificado, como una negación de la existencia. En (...) la segunda parte, ampliamos el análisis existencial hacia una descripción de la sociedad: cuán cerca estamos de ser Enric Marco. Acompañaremos esta segunda parte con textos breves de Merleau-Ponty, publicados al finalizar la Segunda Guerra Mundial, cuyos argumentos permiten describir las respuestas sociales a la violencia, las mismas que son semejantes a las descripciones que hace Cercas de la sociedad española, esto es, la incapacidad social para reincorporarnos o rehacernos frente a un presente confuso. (shrink)
Neste texto, tenta-se avaliar a dimensão do tema da passividade em algumas obras de Merleau-Ponty. Parte-se da análise de Husserl e acompanha-se a reflexão merleau-pontyana sobre a organização espontânea do sentido na vida do corpo e no exercício da fala.
Este artículo tiene por objetivo establecer una relación entre la fenomenología merleau-pontiana y la expresión literaria. Dicha relación se fundamenta en la importancia que Maurice Merleau-Ponty otorga a la capacidad expresiva de la literatura. Para alcanzar este objetivo, se elucidará, en primer lugar, la expresión literaria a partir de las herramientas de la fenomenología merleau-pontiana y se buscará sostener la necesidad de utilizar expresiones propias de la literatura para lograr una descripción verdadera del fenómeno. En (...) ese primer apartado, se explicitará la importancia que tiene la literatura y su modo particular de expresión del mundo vivido para llevar a palabra al mundo mudo de la percepción mediante el análisis de algunos pasajes de la obra merleau-pontiana en que se elucida el modo de presentar de la novela de Marcel Proust. La segunda parte tendrá por objeto realizar un breve análisis de _Océano mar_, de Alessandro Baricco, con el propósito de ilustrar la primera parte. En esta, se explicitará la capacidad del lenguaje literario para expresar el mundo buscando mostrar cómo una obra literaria posibilita la expresión de las esencias, en este caso, la del mar. En nuestra conclusión, sostendremos que Merleau-Ponty considera la tarea del escritor y la del filósofo casi de modo análogo en tanto ambos están llamados a _decir_ el mundo mediante un lenguaje que nos permite un acercamiento más originario al ser salvaje, aquel propio de la literatura que surge en lo sensible y entraña las relaciones que lo han visto nacer. (shrink)
Merleau-Ponty was a pivotal figure in twentieth century French philosophy. He was responsible for bringing the phenomenological methods of the German philosophers, Husserl and Heidegger, to France and instigated a new wave of interest in this approach. His influence extended well beyond the boundaries of philosophy and can be seen in theories of politics, art and language. This is the first volume to bring together a comprehensive selection of Merleau-Ponty's writing and presents a cross-section of his work which (...) shows the historical progression of his ideas and influence. (shrink)
This volume contains the first English translation of Merleau-Ponty's lecture course, The Experience of Others, and his important preface, Phenomenology and Psychoanalysis. It also includes first translations of articles by nine other Merleau-Ponty scholars.
This paper intends to establish a parallelism between Maurice Merleau-Ponty’ and Donald Davidson’s philosophies, based upon the criticism they both elaborate of the word/meaning separation, common to empiricist and rationalist traditions. Despite their apparent antagonis-tic starting points, and their obvious different styles of thinking, great af-finities can be seen in the attacks these two authors make to the scheme/experience dichotomy, present in the “metaphysics of represen-tation” as a whole.
Článek si klade za cíl objasnit a obohatit Merleau-Pontyho pojetí promlouvající mluvy v kontrastu k mluvě, jíž se mluví. V kontextu tvůrčích vyjadřovacích výkonů, zejm. umění, píše Merleau-Ponty o promlouvající mluvě především jako o mluvě, jež otevírá nové horizonty zkušenosti a vede ke kognitivnímu obohacení recipienta. Mluva, jíž se mluví, je naproti tomu řečovou sedimentací kulturního významu, jejímž prostřednictvím jsou ustavené poznávací vzorce tradovány. Ve studii nejprve vysvětlujeme, jak se promlouvající mluva tvoří na pozadí běžné mluvy, jíž se (...) mluví, a jak souvisí s vnímaným světem. Poté se soustředíme na dva specifické případy promluv, jimiž se sám Merleau-Ponty explicitně nezabývá. Zaprvé jde o sekundární literaturu, jejímž posláním je sloužit nějakému původnímu autorskému dílu. Sekundární literatura sama o sobě nepřichází s původní stylotvornou vizí světa, a přesto tvoří mluvu, jež moderuje a mnohdy vůbec umožňuje porozumět původnosti myšlenek autorů v silném slova smyslu. Zadruhé se zaměřujeme na případy promlouvajících mluv, jež nás manipulují, nevedou k bohatšímu poznání světa, a přitom jsou schopny zakládat nově sdílený vzor. (shrink)
Les noms de Malebranche, Biran et Bergson s'etant rencontres au programme de l'agregation de philosophie en 1947-48, Merleau-Ponty consacra deux cours paralleles a l'ENS d'Ulm et a la Faculte des Lettres de Lyon a l'union de l'ame et du corps chez ces trois philosophes. Ce texte, reconstitue a partir de notes d'auditeurs, livre la substance - parfois meme la teneur litterale - du cours de Lyon. Merleau-Ponty, tout en observant une attitude d'historien objectif, y medite sur l'insuffisance de (...) l'idealisme intellectualiste et sur la necessite, pressentie par les trois auteurs d'un primat de la perception, qu'il tenta de theoriser dans sa propre philosophie. (shrink)
Um estudo sobre a relação entre literatura e religião tomando ambas como expressão de produtividade da interpretação no contexto da Modernidade. O artigo aborda os pressupostos filosóficos da relação entre história da salvação e história da interpretação, e suas consequências para a consciência histórico-cultural do Ocidente, tal como examinado por Gianni Vattimo. Segundo este, o legado do Cristianismo se atualiza na Modernidade tardia em termos de produtividade da interpretação, ampliando a noção de linguagem e discurso por suas (...) implicações ontológicas e epistemológicas. A partir desses argumentos, a relação entre literatura e religião se estreita, permitindo compreender ambas como formas de produção simbólica, narrativa e discursiva de interpretações poéticas e normativas da vida no mundo. Para compreendê-lo nesses termos, recorre-se a conceitos chaves da hermenêutica literária desenvolvida por Paul Ricoeur, com o qual temos categorias de análise, bem como uma compreensão hermenêutica do próprio evento do texto literário. Finalmente, o artigo conclui com apontamentos para o que seria uma hermenêutica teológica da literatura, nos termos da teologia da cultura de Paul Tillich. Palavras-chaves: Literatura. Religião. Interpretação. Hermenêutica Literária. Teologia da cultura.: This article presents a study on the relationship between literature and religion taking both as expression of the productivity of interpretation in the context of modernity. The article discusses the philosophical assumptions of the relationship between the salvation history and the history of interpretation and its implications for historical and cultural consciousness of the West, as seen by Gianni Vattimo. According this author, the legacy of Christianity is updated in late modernity in terms of productivity interpretation, expanding the notion of language and discourse for their ontological and epistemological implications. From these arguments on, the relationship between literature and religion becomes closer, allowing us to understand both literature and religion as forms of symbolic production: poetic and normative interpretations of life in the world. To understand it in those terms, key concepts of literary hermeneutics developed by Paul Ricoeur are evoked. These terms are used as categories of analysis to facilitate a hermeneutic understanding of the actual event of the literary text. Finally, the paper concludes with some considerations for a hermeneutics of theological literature, in terms of the theology of Paul Tillich culture. Keywords : Literature. Religion. Interpretation. Literary Hermeneutics. Theology of culture. - DOI: 10.5752/P.2175-5841.2012v10n25p29. (shrink)