Diderot escreve, na Enciclopédia, um longo verbete, “Tear de meias”, no qual compara o tear a um raciocínio cuja conclusão seria o têxtil. Ele retoma esta comparação na Refutação de Helvétius: ali, é o próprio Leibniz que se torna uma máquina de reflexão, similar ao “tear de meias”. A opção materialista do homem máquina retoma uma tradição que assimila o texto ao tecido. Encontramos a mesma imagem no Fausto de Goethe, que é citado por Freud em A interpretação dos sonhos, (...) e na novela de Henry James O motivo no tapete. A invenção é sempre cruzamento, tecelagem e mestiçagem, numa interação entre criação técnica e representação da atividade intelectual. O sistema de programação dos teares foi posteriormente adaptado às primeiras máquinas analíticas, ancestrais de nossos computadores atuais. A Enciclopédia teorizou esta interação, reabilitando os teares e concebendo o pensamento como um trabalho. (shrink)

Qu'ont en commun Diderot, D'Alembert et l'abbé de Saint-Pierre? Voisenon et Pluche? Fontenelle et Sade? La Font de Saint-Yenne et Condillac? Casanova et Buffon? Batteux et Barruel? Peu de chose a priori réunit les auteurs qui dialoguent au sein de ce volume, sinon que tous, quel que soit leur domaine de réflexion, ont été amenés durant leur parcours intellectuel à se confronter à la question du système et à se prononcer sur sa nécessité, sa pertinence et sa valeur. A lire (...) les études ici rassemblées, il apparaît que la pensée du système innerve les champs du savoir et de la création au XVIIIe siècle. Mais ce tropisme systématique étonnamment persistant ne signifie nullement la permanence de la valeur accordée à l'esprit de système : ces systèmes omniprésents traduisent plutôt la perte de majesté du système, détrôné par d'autres manières de penser et d'écrire le monde et les hommes."--Page 4 of cover. (shrink)