Existem perto de 140 monumentos portugueses que ainda conservam pintura mural realizada entre os finais do século XV e os meados do século XVI. Por vicissitudes históricas diversas, a distribuição destes monumentos pelo território nacional é muito desigual, verificando-se uma concentração em templos rurais situados sobretudo no território de Entre-Douro-e- -Minho (c. 30%), em Trás-os-Montes (c. 25%) e na Beira Interior (c. 20%).A análise da iconografia destas pinturas permite tirar várias conclusões a respeito das principais devoções da época. Verifica-se que (...) São Sebastião era o santo mais representado, seguido por Santo António (de Pádua), Santa Catarina, São Pedro, São Miguel, São João Baptista e São Tiago, ao mesmo tempo que apenas a Anunciação e o Calvário têm uma representatividade equiparável à dos santos mencionados. Também é possível concluir que a preferência pelos santos referidos não estava dependente da invocação dos templos. Conclui-se, igualmente, que existe uma nítida diferenciação entre as imagens sacras representadas na zona dos templos cujo cuidado pertencia aos fregueses, a nave, e a zona sob a responsabilidade dos padroeiros, a cabeceira. Nesta comunicação pretende-se explicar quais os motivos que justificam a preeminência da representação de determinadas figuras do hagiológio cristão durante o período em causa, bem como a ausência de outras cuja presença seria expectável. Pretende-se explicar também as razões que ditam a diferenciação entre a iconografia das cabeceiras e a iconografia das paredes da nave. A análise conjugada destes dados permite trazer alguma luz sobre os motivos que justificam as principais devoções dos portugueses da época, sobretudo os que viviam em ambientes rurais. (shrink)

Translator's summary The translated paper is an extract, published in 1945, of an unpublished thesis, of both historical and technical import, dealing with notions of definability and their relation to invariance under automorphisms. The author develops a metamathematical Galois theory, and discusses and anticipates some aspects of higher-order model theory in an informal but conceptually rich manner.

Abstracting away from its various particular versions, contemporary externalism about knowledge can be broadly characterized as the rejection of two central ideas: that knowledge is incompatible with reflective awareness of the possibility of error, and that knowledge is necessarily tied to the resources that are available from within the first-person perspective. In this brief introduction, I outline five distinctly externalist accounts of knowledge, and two distinctly externalist methodological approaches to knowledge, all fitting this general description.

This chapter contains sections titled: The Institutional History of Colonial Philosophy The Conquest of America: Some Epistemological and Ethical Questions Post Conquest Indigenous Perspectives Creole Perspectives: Two Seventeenth‐Century Intellectuals The American Experience of the Enlightenment Colophon References.

O ceticismo é por vezes descartado como uma doutrina absurda e merecedora do seu lugar distante na antiguidade. Nada poderia ser menos correto. O ceticismo continua extremamente relevante para o pensamento filosófico e científico de hoje, servindo como um lembrete de que a sabedoria não é barata nem segura. Nesse texto, o meu objetivo principal é reproduzir o raciocínio das discussões clássicas sobre o ceticismo, mas de uma maneira coloquial e contemporânea. Após seguir as linhas de pensamento de Sexto Empírico, (...) René Descartes, e David Hume, eu vou extrair e identificar claramente as teses centrais que marcam as suas ideias. A minha intenção, porém, não é a de sugerir que as suas teses são auto-evidentes, ou incontestáveis, ou até hoje ainda incontestadas. Muito pelo contrário. A minha intenção é produzir um aperitivo ao debate e um convite a discussão. (shrink)

Cosmopolitanism is said by many critics to be arrogant. In emphasizing universal principles and granting no fundamental moral significance to national or other group belonging, it wrongly treats those making non-universalist claims as not authorized to speak, while treating those in non-Western societies as not qualified. This book works to address such objections. It does so in part by engaging the work of B.R. Ambedkar, architect of India's 1950 Constitution and revered champion of the country's Dalits (formerly "untouchables"). Ambedkar cited (...) universal principles of equality and rights in confronting domestic exclusions and the "arrogance" of caste. He sought to advance forms of political humility, or the affirmation of equal standing within political institutions and openness to input and challenge within them. This book examines how an "institutional global citizenship" approach to cosmopolitanism could similarly advance political humility, in supporting the development of input and challenge mechanisms beyond the state. It employs a grounded normative theory method, taking insights for the model from field research among Dalit activists pressing for domestic reforms through the UN human rights regime, and from their critics in the Hindu nationalist Bharatiya Janata Party. Insights also are taken from Turkish protesters challenging a rising domestic authoritarianism, and from UK Independence Party members demanding "Brexit" from the European Union-in part because of possibilities that predominantly Muslim Turkey will join. Overall, it is shown, an appropriately configured institutional cosmopolitanism should orient fundamentally to political humility rather than arrogance, while holding significant potential for advancing global rights protections and more equitable rights specifications. (shrink)

José Luis Bermúdez introduces the philosophy of psychology as an interdisciplinary exploration of the nature and mechanisms of cognition. _Philosophy of Psychology_ charts out four influential 'pictures of the mind' and uses them to explore central topics in the philosophical foundations of psychology, including the relation between different levels of studying the mind/brain; the nature and scope of psychological explanation; the architecture of cognition; and the relation between thought and language. Chapters cover all the core concepts, including: models of psychological (...) explanation the nature of commonsense psychology arguments for the autonomy of psychology functionalist approaches to cognition computational models of the mind neural network modeling rationality and mental causation perception, action and cognition the language of thought and the architecture of cognition. _Philosophy of Psychology: A Contemporary Introduction_ is a very clear and well-structured textbook from one of the leaders in the field. (shrink)

Las edificaciones con valor patrimonial son un testimonio excepcional del progreso de una comunidad y representan ejemplos innegables de la transferencia de conocimientos a lo largo de las generaciones. Es inevitable caminar por centro consolidado de Pasaje y no reconocer el legado cultural de muchas edificaciones. Sin embargo, también resulta fácil observar las alteraciones erróneas que sea han realizado a estas edificaciones con el objetivo de responder a las “nuevas exigencias” de la actualidad. La conservación de los bienes patrimoniales resulta (...) necesaria para la preservación de la integridad e identidad de la ciudad. La presente investigación posibilita entender el nivel de susceptibilidad que presentan las edificaciones consideradas como bienes patrimoniales, debido a que estás viviendas poseen un valor cultural. El objetivo de la investigación es el de identificar la susceptibilidad sísmica a las que están expuestas, para esto se utilizaron métodos de matrices de evaluación sísmica para medir el nivel de susceptibilidad en las edificaciones patrimoniales. (shrink)

Ever since John Locke, philosophers have discussed the possibility of a normative epistemology: are there epistemic obligations binding the cognitive economy of belief and disbelief? Locke's influential answer was evidentialist: we have an epistemic obligation to believe in accordance with our evidence. In this dissertation, I place the contemporary literature on agency and reasons at the service of some such normative epistemology. I discuss the semantics of obligations, the connection between obligations and reasons to believe, the implausibility of Lockean evidentialism, (...) and some of the alleged connections between agency and justification. (shrink)

W.K. Clifford’s famous 1876 essay The Ethics of Belief contains one of the most memorable lines in the history of philosophy: "it is wrong always, everywhere, and for anyone, to believe anything upon insufficient evidence." The challenge to religious belief stemming from this moralized version of evidentialism is still widely discussed today.

Nosso objetivo com o texto é o de apresentar o projeto Filosofia na Escola aos leitores, visando uma melhor compreensão dos demais textos que constituem o “Dossiê Filosofia na Escola”. Nessa apresentação destacamos, primeiro, aspectos históricos e estatísticos; em seguida, alguns princípios norteadores da produção teórica e prática, bem como momentos e atividades da organização do projeto e, por fim, procuramos indicar os sinais que orientaram as investigações no ano de 2004 e que resultaram nos textos constituintes do Dossiê.

O trabalho com diversas perspectivas disciplinares na sala de aula é um desafio. Trabalhá-las desde a perspectiva da transversalidade é uma empreitada ainda mais dificultosa para o cotidiano docente. O que este texto procura é esboçar, a partir da reflexão sobre a complexidade e da multireferrencialidade, a proposição de espaços problematizadores, investigativos, dialógicos, que auxiliem no envolvimento com o desafio do trabalho com a transversalidade em educação.

El Menón es un buen ejemplo del uso de la ironía socrática como forma de refutación. Específicamente, la forma lógica de reducción al absurdo constituye un dispositivo muy relacionado con la ironía socrática. En este artículo, se examinan analíticamente los cuatro elementos de la ironía que se presentan en el diálogo: 1. el conocimiento falso como una posición inicial asumida por los interlocutores de Sócrates; 2. la igno­ rancia socrática; 3. la reducción al absurdo del falso saber inicial; y 4. (...) el reconocimiento del error y la ignorancia. (shrink)

Externalism About Knowledge presents new essays from leading epistemologists working in various branches of this tradition: process reliabilism, tracking views, safety views, virtue epistemology, proper functionalism, naturalized epistemology, and knowledge-first epistemology.

Na Idade Média, havia um problema conhecido como “Querela dos Universais”, com a discordância entre o realismo, conceitualismo e nominalismo sobre estatuto ontológico e epistemológico dos universais. Tomás de Aquino é um realista moderado porque admite que o universal tem um ser nos indivíduos, na realidade e fora da mente. Quando falamos de um “universal na realidade”, nós nos referimos a aquilo que é comum a mais de um indivíduo. Depois, os modos de ser do conceito universal do intelecto e (...) do aspecto comum na realidade precisarão ser distinguidos, pois temos que esclarecer que o universal no intelecto não é exatamente igual ao comum na realidade, embora o primeiro seja tomado deste último. Uma vez que o aspecto comum não existe por si, mas apenas nos indivíduos, faremos uma breve análise acerca da individuação também. (shrink)