In Brazil, induced abortion in adolescents has been frequent in less-advantaged socioeconomic classes, and the vulnerability of these adolescents has not been addressed. Given this context, the present study sought to investigate the relationship between the practice of abortion and vulnerability in adolescents. This was a descriptive cross-sectional study of 201 adolescents who completed a structured questionnaire that allowed the analysis of variables with respect to intent to abort. The profile of the pregnant adolescents in the sample studied was the (...) following: average age, 16.1 years; stable partner; mulatas; did not use condoms during sexual relations; precocious with respect to their first sexual relations; and did not plan the pregnancy. According to the classification of the World Health Organization, 81.59% of the subjects‘ abortions were known to be induced. Twenty-one were vulnerable to induced abortion; of these, 13 reported forced sexual intercourse, of whom 8 reported that they had suffered associated violence. These results indicate that sexual violence and unwanted pregnancy subject adolescents to a context of greater vulnerability to induced abortion. Thus, it is suggested that this relationship should be considered from the perspective of bioethics and human rights, but always respecting the cultural values of the society in which the adolescents live, as well as their human dignity. (shrink)

Nos primeiros anos de seu pontificado, Papa Francisco fez pouco uso da palavra ‘bioética’. Quando fez menção à palavra, empregou-a no sentido formal, para tratar de alguma comissão, e não para manifestar uma posição. Mas, a partir de 2018, Francisco assumiu uma posição bem definida em relação à bioética, afirmando que os nossos tempos precisam ampliar a visão tradicional da bioética para uma visão de bioética global, pois não é mais possível pensar a saúde, o bem-estar e a realização humanas (...) de forma independente da saúde da totalidade da vida da biosfera. Essa bioética global, afirma Francisco, tem as suas bases na Laudato Si. Se o posicionamento escrito de Francisco sobre a bioética não ocorreu de forma imediata ao iniciar seu pontificado, a opção do pontífice de “começar” seu pontificado em Lampedusa, acolhendo migrantes e refugiados, deixou evidente qual seria o compromisso de sua Igreja. As duras palavras proferidas em Lampedusa, de que nos tornamos insensíveis aos gritos dos outros e que globalizamos a indiferença, tornando-nos incapazes de chorar pelo outro, deram o tom da sua missão. Nesse sentido, este artigo pretende investigar o pensamento bioético defendido pelo Papa Francisco a partir de documentos, encíclicas, homílias e cartas por ele escritas. (shrink)