OLIVEIRA, R. R. (2013). Pólis e Nómos: o problema da lei no pensamento grego. São Paulo: Editora Loyola.

Violence is often understood as a phenomenon characterized by direct physical harm customarily motivated by willful malice. In his 2017 World Day of Peace Message, Pope Francis challenges this narrow definition, noting that violence is not confined to physical harm but also includes environmental devastation, which, as he points out, disproportionately harms the most vulnerable members of the planet. Following this claim, this article probes the interrelationship between care for creation, nonviolence, and racial justice, highlighting the significance of this intersectionality (...) within Catholic social teaching. It reflects on Francis’s reading of Gospel nonviolence and his notion of integral ecology, and concludes with a case study that demonstrates the practical application of Francis’s social teachings on creating a more just, nonviolent, and sustainable world. (shrink)

O texto aborda a relação da educação escolar e o catolicismo no espaço rural, especialmente, no rio Mapuá, no município de Breves, arquipélago de Marajó, estado do Pará. Tem-se por objetivo identificar a presença do catolicismo na escola do campo e a relação com a formação dos alunos ribeirinhos. Especificamente, a perspectiva é discutir a influência dos rituais religiosos e artefatos sagrados no processo educativo e na cultura escolar do campo. É uma investigação de natureza qualitativa, fundamentada na incursão bibliográfica (...) e pesquisa de campo, cujos dados empíricos foram coletados por meio de observações etnográficas, entrevistas semiestruturadas e fotografias. Em termos teóricos o estudo busca amparo em escritos de autores do campo da Antropologia, Ciência da Religião e da Educação, tendo como recorte o ensino religioso. Os resultados indicam que a educação escolar e o catolicismo no rio Mapuá entrelaçam-se por meio de rituais e artefatos sagrados que narram saberes, tradições, afetos, significados e simbologias que na percepção dos depoentes ajudam a forjar a formação escolar dos sujeitos e, por conseguinte, à cultura escolar. (shrink)

O trabalho elabora uma comparação entre os pensamentos de Karl Marx e Martin Heidegger no que tange à questão do útil. Em seguida propõe uma reflexão sobre como as diferenças entre os dois filósofos neste tema implica em distintos posicionamentos em relação à obra de arte. O objetivo do trabalho é apontar pontos de convergência e divergência entre os pensamentos destes filósofos em relação aos temas propostos.

De modo semelhante aos rompantes etnocêntricos de uma cultura humana frente a outras, as relações entre humanos e primatas não humanos incluem um estranhamento pontuado por atração e repulsa, identificação e diferença. Ciência, arte e mitologia são a expressão viva e atualizada disso. Desde 1960, a primatologia destaca-se nesse cenário por contribuir significativamente na revisão das definições sobre o comportamento dos primatas e, consequentemente, na redefinição do humano ao apresentar a polêmica proposição de existência de "culturas" entre animais não humanos. (...) Assim, a aproximação entre humanos e primatas não humanos parece inexorável e irreversível. Isso implica, por exemplo, em cogitar se esse processo engendra, ou não, a constituição de novas alteridades a partir de um novo outro (não humano), carregado de significados. Isso incluiria, por exemplo, a reformulação de representações e de categorias de classificação, bem como o aprofundamento do debate sobre os direitos dos animais não humanos. Ao dirigir tal tipo de desafio a situações de pesquisa antropológica deve-se ter aguda consciência de que o registro etnográfico das relações entre humanos e os outros primatas será uma construção empírica, perceptual e teórica. Dado o tipo particular de relação estabelecida entre humanos e outros primatas, pautada em um universo fronteiriço de incômodas semelhanças e diferenças, constituem-se aí coletivos híbridos em que o alcance e a profundidade das interações possíveis ainda são desconhecidos. The relations between humans and non-human primates resemble the ethnocentric reaction of one human culture in relation to others, and include an estrangement marked by attraction and rejection, identification and differentiation. Art, science and myths are the vivid and updated expression of these phenomena. Since the 1960's primatology stands out in that scenario for contributing significantly to the revision of the definitions about the behavior of primates and, consequently, for the redefinition of human beings, and for making the controversial proposal of the existence of non-human animal "cultures". Then, the close connection between humans and non-human primates seems relentless and irreversible - and raises the question on whether or not these processes engender a new kind of otherness deriving from a non-human other that is full of meaning. This would include, for example, the reformulation of the representations and categories of classification, as well as deepening the debate about the rights of non-human animals. When the challenge is taken up in situations of anthropological research that address the relationships between human beings and the other primates, the ethnographic register that describes the relations between human beings and other primates will be an equally sharp empirical, perceptual and theoretical construction. Given the peculiar type of relationship established between human beings and other primates, implemented in a frontier universe of uncomfortable similarities and differences, they constituted a hybrid collective where interactions are possible but we do not know exactly how complex or how depth they are. (shrink)

Of recent time, there has been a concern about ethical leadership and ethics in business. Research on leadership did not pay a lot of attention to fairness and many authors have studied the relationship between leader fairness and factors such as outcome satisfaction and trust in leader for instance. For the moment, there is no study that focused on the direct relationship between transformational leadership and fairness. That’s why; in this paper our aim is to study the relationship between transformational (...) leadership and the employees’ perceptions of fairness, mainly the three types of fairness which are distributive, procedural, and interactional in French firms. A questionnaire survey was sent to employees working in the industry and service sectors. A sample of 100 respondents was collected. We found a partial relationship between employees’ perceptions of fairness and transformational leadership. More specifically, we found that procedural and interactional fairness are strongly associated with transformational leadership. (shrink)

Trata-se de um relato de experiência redigido após a provocação de um questionador que tomou como base de seu questionamento um fragmento do livro de Lerner, "Ler e escrever na escola: o real, o possivel e o necessário".

Resenha do livro de Dermeval Saviani, Escola e Democracia.

This article discusses N. K. Jemisin's Afrofuturist utopian short story entitled “The Ones Who Stay and Fight,” the opening story of her 2018 collection, How Long 'Til Black Future Month? As is suggested by its title, Jemisin's story is a direct reply to Ursula K. Le Guin's “The Ones Who Walk Away from Omelas,” and this article discusses the ways in which Jemisin, one of the most prominent members of a new generation of SF/Fantasy writers, pays homage to, replies to, (...) and reimagines Le Guin's 1973 story in the twenty-first century. In particular, drawing on utopian scholarship, scholars of Afrofuturism, and the work of African American studies scholar-activists, it argues that Jemisin's utopia builds a world that embodies the “revolution of value” as well as the intersectional Black feminist praxis at the foundation of contemporary activist groups such as Black Lives Matter. It also argues for the ways in which Jemisin's text confronts common criticisms of utopia as well as the limits of the utopian imagination. (shrink)

Este texto se ocupa de dos volúmenes de la obra de Heidegger: el curso sobre Parménides de 1942 y la recopilación De camino al habla de 1950-1959. El curso sobre Parménides trabaja los términos griegos mythos, logos y epos, y los determina como “los mismos” –lo que no precisamente corresponde a la identidad–. En sus diferencias mismas, remiten a la “palabra” (das Wort). Varios años después, la “palabra” es invocada en la triple denominación de Sprache, Wort y Sage que, en (...) sí mismos, no dependen de ninguna lógica de la identidad, sino más bien de una lógica de la “tautología”: la poesía misma. (shrink)

ABSTRACT Samuel R. Delany is among a group of authors who revivified the utopian imagination in science fiction during the late 1960s and early 1970s. This article discusses Delany's novella “We, in Some Strange Power's Employ, Move on a Rigorous Line”. It revisits scholarship on Delany and on utopia to offer theoretical and historical perspectives concerning how this text, which has been lauded by reviewers but overlooked by scholars, represents an early contribution to the then-nascent genre of the “critical utopia,” (...) one that bears many of the genre's hallmarks and prefigures later works. “We, in Some Strange Power's Employ” narrates a mid-twenty-first-century clash between two fully articulated utopian visions. This article details how the tension between these diametrically opposed “worlds” foments critical scrutiny of both in order to gesture toward a utopian horizon beyond them. It also demonstrates how Delany's novella performs a critical utopian intervention in the cultural politics of its present. Through the “play of worlds” in the narrative's “possible future” Delany advances evenhanded critiques of both sides of the 1960s “culture war” while retaining the decade's utopian zeitgeist, a desire for an impossible “something else” beyond the culture/counterculture dichotomy. (shrink)

ABSTRACT This article discusses the politics of hope in N. K. Jemisin’s Broken Earth trilogy. Drawing on scholarship in utopian studies, science fiction studies, and Africana studies, it discusses the ways in which Jemisin uses two intentional community experiments depicted in the trilogy as “critical utopias” in order to work through problems involved in collective living, including the potentially anti-utopian aspects of these communities’ shortcomings. Ultimately, despite the apocalyptic setting that has attracted the most attention from critics, this article argues (...) that The Broken Earth ultimately affirms the necessity of utopian hope, even amid anti-utopian circumstances, and as such is an important and timely political statement. In a historical moment marked by social and racial strife and, in the literary realm, by what Sean Guynes calls “dystopia fatigue,” Jemisin’s trilogy does not promise utopia, but insists on the need for hope in seemingly hopeless times, the “anti-anti-utopian” orientation described by Fredric Jameson. (shrink)

Publication d'un miroir à boîte, provenant d'une tombe fortuitement découverte à Lamia en 1983. Le type du miroir et l'étude iconographique et comparative de la représentation en relief du couvercle se rapportant à une scène dionysiaque mettent en évidence son caractère attique, ainsi que sa datation aux environs du dernier quart du ive s. av. J.-C. Les éléments iconographiques analysés ici sont rapprochés de parallèles provenant tant de la sculpture et de la céramique que des terres cuites et des bronzes. (...) On constate que certains types et motifs de cette nouvelle représentation remontent à la dernière phase du ν s. av. J.-C, ce qui prouve, une fois encore, l'importance de l'influence du langage artistique de cette période sur les arts mineurs en général, et sur l'évolution de la toreutique en particulier. Ainsi sont mis en lumière des rapports étroits entre l'imagerie du ive s. avancé et celle des dernières décennies du ve s., phénomène qui va se poursuivre par la suite avec des variations. Les questions de la composition et de la signification de la scène sont brièvement traitées. (shrink)

Features of threatening cues and the associated context influence the perceived imminence of threat and the defensive responses evoked. To provide additional knowledge about how the directionality of a threat (i.e. directed-towards or away from the viewer) might impact defensive responses in humans, participants were shown pictures of a man carrying a gun (threat) or nonlethal object (neutral) directed-away from or towards the participant. Cardiac and electrodermal responses were collected. Compared to neutral images, threatening images depicting a gun directed-towards the (...) participant induced sustained bradycardia and an increased electrodermal response, interpreted as immobility under attack. This defensive immobility reaction is evoked by high perceived threat and inescapable situations and indicates intense action preparation. Pictures of guns directed-away from the participant induced shorter bradycardia and no significant modulation of the electrodermal response compared to neutral pictures, which might be consistent with the perception of a less threatening situation. The results show that the directionality of threat stimuli is a key factor that prompts different patterns of defensive responses. (shrink)

The Phaedo and the Symposium are dialogues in which Plato's conception of philosophy is not dissociated of orphic elements and mythical constructions. I propose that the themes of the pre-existence of the soul and the immortality of the soul in the Phaedo and myths told by Aristophanes and Diotima in the Symposium, examined together, provide rich material for understanding the nature and limits of knowledge and philosophy in Plato. I also suggest, before this interpretation, a reading of the "sudden vision (...) of beauty in itself," in Symposium 210e, which takes into account these limits. Knowledge is, from this reading, a dynamic search, much more than intuition of the forms. (shrink)

Elian Cuvillier Cet article propose une manière d’appréhender le langage apocalyptique propre à Jean de Patmos à travers l’analyse de deux types de données : temporelles et spatiales. Il montre sa fécondité herméneutique et ainsi sa potentielle actualité pour appréhender le temps et l’espace qui sont les nôtres. La lecture de l’Apocalypse ouvre l’espace et le temps d’une imagination créatrice qui se veulent résolument en écart de l’angoisse et de l’enfermement caractérisant à maints égards notre monde présent.

Retomo neste texto, com pequenas alterações, resenha realizada em 2007 para o blog Dobras da Leitura, coordenado pela batuta de Peter O´Sagae. Lembro-me que era lançamento do livro e ele propunha ao público leitor a construção de uma resenha e a oferta do livro, prontamente me entreguei a leitura.

A espremer sonhos em palavras, o escritor angolano Ondjaki tem desenvolvido uma escrita potente que resulta em títulos para infância de forte carga literária. Dos seus títulos publicados no Brasil destacamos O leão e coelho Saltitão (2009), Ynari, a menina das cinco tranças (2010), O vôo do golfinho (2012) e Ombela, a origem das chuvas (2014a), narrativas curtas que pela sua interlocução com a ilustração podem ser manuseados e lidos pelos pequenos.

This article proposes a way of apprehending the apocalyptic language specific to John of Patmos through the analysis of two types of data : temporal and spatial. It shows its hermeneutic fecundity and thus its potential relevance to apprehend the time and the space which are ours. The reading of the Book of Revelation opens the space and the time of a creative imagination that wants resolutely away from the anguish and confinement characterizing in many ways our present world.

Este texto, bem como as pesquisas que realizamos, tem como meta dar visibilidade às leituras literárias destinadas ao público infantil e juvenil, que enfatizem o tema étnico-racial, ou ainda, títulos que incluam a real participação de personagens negras, costumes afro-brasileiros e informações culturais produtoras de identificação entre o leitor e a narrativa, contribuindo, assim, com as mudanças atuais na história da educação brasileira. Neste texto, apresentamos seis títulos da Editora SM, que, em seu catálogo editorial para 2008/2009, dos 173 títulos (...) publicados, 20 títulos trazem a presença da cultura africana e afro-brasileira. Dos 20, optou-se pela análise de cinco títulos. Da análise desses títulos, constatou-se, acima de tudo, que um dos caminhos para o entendimento e a consciência acerca da pluralidade cultural está também na apropriação da leitura literária produtora de identidade e inclusão social. (shrink)

Em Quindungo, Joaquim de Almeida constrói fantasticamente uma narrativa encharcada de elementos afro-brasileiros, a começar pelo próprio título “Quindungo”, termo da língua da família bantu que significa “baleia fantástica” e presente nas narrativas mitológicas do Recôncavo Baiano.

Era uma vez..., de Benjamin Lacombe, é um livro que é arte pura, magistralmente sedutor pela sua arquitetura física e imagens insólitas. Um livro pop-up, com personagens dos contos clássicos para infância (Polegarzinha, Pinóquio, Madame Butterfly, Chapeuzinho Vermelho, Alice no País das Maravilhas, O Barba Azul, A Bela Adormecida e Peter Pan), que desfilam pelas páginas em dobraduras em três dimensões. Talvez Madama Butterfly se distancie das narrativas feéricas, mas por certo, Lacombe a introduziu com perfeição na sua insólita construção.

Platão, ao tratar da negação no diálogo Sofista, afirma que sempre que enunciamos o que não é, não enunciamos algo contrário ao que é, mas algo diferente. A negação significa cada parte da natureza da diferença em antítese ao que é. Tal tratamento da negação resulta da necessidade de resolver alguns problemas colocados pelo eleatismo. Propõe-se indicar esses problemas e examinar o tratamento que Platão dá ao nãoser como diferença.

No Teeteto, em uma tentativa de denir o conhecimento, Platão trata da unidade e da complexidade segundo um modelo de análise dos complexos em elementos simples não analisáveis. Wittgenstein, no parágrafo 46 das Investigações Filosócas, cita esse argumento do Teeteto, introduzindo uma crítica à sua própria noção de objeto, no Tractatus. Nosso tema será um exame das noções de elemento e composto, apresentadas no Teeteto e retomadas no Sosta, tendo como horizonte a aproximação, feita por Wittgenstein, entre o objeto do (...) Tractatus e o elemento do Teeteto. (shrink)

The Parmenides is known as the dialogue in which Plato makes a criticism of his theory of forms. Through paradoxes, the character Parmenides criticizes the theory of forms presented by Socrates in the dialogue, targeting the relation they have with sensibles and with each other, call for participation, and the discoursive consequences of this relation. I present a reading of the Parmenides that suggests that the self-criticism points out inconsistencies in the Platonic theory of participation as it is presented in (...) the Parmenides, and that will be corrected later in the Sophist. (shrink)