O artigo aborda a reflexão de Martin Heidegger sobre a Técnica a partir de leitura de A questão da Técnica. Nesse sentido, o texto acompanha o movimento da analise heideggeriana para expor seus elementos centrais. Assim, primeiramente o artigo mostra como o pensamento de Heidegger sobre a técnica deve ser colocado sob o prisma da questão mais geral de sua filosofia: a pergunta pelo sentido do Ser. Num segundo momento, o texto organiza os principais conceitos que estruturam a reflexão heideggeriana (...) sobre a técnica: essência da técnica; desocultamento do Ser, modos epocais, desabrigar. Esses conceitos-chave são articulados com o resto do aparato conceitual do texto. Finalmente, o artigo analisa as consequências de certos postulados de Heidegger sob a perspectiva de certos limites que tais postulados poderiam implicar tanto para a interrogação heideggeriana da técnica quanto para a reflexão sobre a técnica em geral. (shrink)

o presente artigo analisa a singularidade epistemológica que implica a utilização, tanto por parte do âmbito médico-psiquiátrico-, quanto, - e especialmente-, da psicanálise, dos nomes próprios de Sade e de Sacher-Masoch, autores oriundos da literatura não da medicina, nas suas tabelas sintomatológicas. Os nomes de Sade e Masoch identificam determinadas condições psíquicas bem conhecidas, assim como ajudam a organizar uma taxonomia do campo das perversões: o sadismo e o masoquismo. O texto aborda dois tópicos conceituais que se derivam desta escolha (...) epistemológica: o primeiro visa determinar quais condições e caraterísticas muito específicas estas sintomatologias devem possuir para que não poderem ser nomeadas, como habitualmente, com os nomes dos médicos que reconhecem e isolam o conjunto sintomático. O segundo tópico analisa certo uso não literário que a psicanálise propõe destes sintomas nomeados por literatos, em particular a afirmação da necessária constituição de um complexo sadomasoquista. Neste sentido, o artigo verifica que, se levadas em consideração as literaturas de Sade e de Masoch, - no que elas expõem sobre tipos psíquicos e sobre produção desejante-, este complexo, esta reunião, não seria possível. A psicanálise reuniria o que a literatura, com tanto cuidado diferenciou. Para levar adiante esta reflexão, o texto acompanha a leitura que Gilles Deleuze propões da obra de Sacher Masoch, no seu texto, Apresentação de Sacher-Masoch: o frio e o cruel. (shrink)

Normal 0 21 false false false PT-BR X-NONE X-NONE MicrosoftInternetExplorer4 O texto aborda em termos gerais a problemática da técnica contemporânea, tomando como ponto de partida o diagnóstico de Martin Heidegger. O horizonte principal da análise será aberto pela pergunta entorno do estatuto ontológico da Técnica, a partir dos conceitos oferecidos pela ontologia do "virtual" de Gilles Deleuze, expondo por esta via o deslocamento decisivo que o filósofo francês opera com relação à leitura heideggeriana. Neste sentido, a questão nevrálgica passa (...) por considerar, desde a filosofia deleuziana, este universo técnico, não como homogêneo e determinado por uma unidade endógena, mas como multiplicidade auto-diferenciada. A noção de virtual é a peça central, em chave ontológica, para pensar a Técnica como produção que opera pela atualização singular de um campo virtual animado internamente pela Diferença. O trabalho verifica como com Deleuze é possível afirmar que a tecnologia nada acaba, encerra, ou enclausura, uma vez que ela se agencia em variadas configurações sempre diferenciadas. (shrink)

Poderíamos caracterizar a obra de Gregor Moder, Hegel and Spinoza: Substance and Negativity, como uma obra não ortodoxa dos estudos tanto hegelianos quanto spinozistas, como uma tentativa quase heroica de recepcionar de forma nova e original a tão problemática relação existente entre hegelianismo e spinozismo e, também, como uma tentativa de “fazer justiça” a ambos os lados da discussão.

Pensar é uma espécie de exercício responsável que não pode ser omitido neste momento que vivenciamos e partilhamos. Por isso, cultivar boas reflexões depende, por um lado, da capacidade técnico-acadêmica de pesquisadoras e pesquisadores e, por outro, da maneira como conduzem o seu horizonte filosófico diante de um quadro de perspectivas e desafios. Assim, a produção filosófica não precisa de milagres para compreender a natureza, como afirmará Espinosa, mas de uma aliança entre liberdade e razão.É neste sentido que o presente (...) número da Aurora contempla o dossiê “Atualidade da Filosofia de Espinosa: Matéria e potência”, organizado pelos professores Ricardo Espinosa Lolas e Eladio Craia.O Fluxo Contínuo, por sua vez, dispõe dos artigos “Fantasised alterity, inaudible voices. Notes for a critique of the coloniality of desire”, de Jorge Polo Blanco; “El Estado Intensivo de Gilles Deleuze”, de Julián Ferreyra; “Nietzsche e a mnemotécnica: do sofrimento à afirmação da vida pelo artista da dor”, de Adilson Felicio Feiler; “The role of sense of justice in Rawls’theory”, de Pablo Aguayo Westwood; “Paradigms in Action”, de Paulo Pirozelli e, por último, “É possível filosofar com Heidegger após as confissões nos Cadernos Negros?”, de Luiz Rohden.A Aurora também apresenta, ao final, as resenhas das obras “Aporías de la Democracia”, obra coordenada por Ricardo Espinoza Lolas e Jordi Riba, assinada por Angélica Montes Montoya, e “Hegel and Espinosa: Substance and Negativity”, de Gregor Moder, realizada por Eladio Craia e Arion Keller. (shrink)

El presente texto analiza la reflexión ontológica de Gilles Deleuze a partir de la noción de “univocidad del Ser”, con el objetivo de exponer su importancia para el pensamiento de la Diferencia que el filósofo francés propone. En su primer movimiento el trabajo expone, resumidamente y de modo cartográfico, la configuración general de la ontología deleuziana y sus principales ejes de reflexión. Enseguida acompaña el itinerario que Deleuze elabora para la determinación de la historia conceptual del pensamiento de la univocidad. (...) Finalmente, el texto aborda el concepto de univocidad según lo piensa y expone el propio Deleuze, verificando, por esta vía, su centralidad para la ontología de nuestra contemporaneidad que el pensador Francés moviliza. Palabras clave : deleuze; ontología; univocidad; diferencia; equivocidad. Centrality of the Notion of ‘Univocity’ in Gilles Deleuze’s OntologyThis paper analyzes Gilles Deleuze’s ontological reflection from the notion of “univocity of Being”, in order to expose its importance for the philosophy of Difference proposed by the French thinker. In its first movement the work briefly exposes the configuration of Deleuze’s ontology and its main axes of reflection. There immediately follows the itinerary set up by Deleuze to determine the conceptual history of the philosophy of univocity. Finally, the paper addresses the concept of univocity as Deleuze thinks of and exposes it, thus verifying its centrality to the ontology of our contemporary times which the French thinker has set in motion. Keywords : Deleuze;Ontology; Univocity; Difference; Equivocity. (shrink)

This theory accords to volitions the status of basic mental actions, maintaining that these are spontaneous exercises of the will--a "two-way" power which ...

Durkheim écrit ce livre avec un but double : d'abord il voulait expliquer ce qui crée une société, ce qui la tient ensemble ; ensuite il voulait éclaircir l'influence qu'a la société sur la pensée logique. Pour Durkheim, la religion est la clé utilisée pour déverrouiller ces deux problématiques.Dans ce livre, Durkheim argumente que les représentations religieuses sont en fait des représentations collectives : l'essence du religieux ne peut être que le sacré. Il est une caractéristique qui se trouve universellement (...) dans toutes les religions. Le sacré, être collectif et impersonnel, représente ainsi la société elle-même. Ensuite il argumente que la société a un impact majeur dans la genèse de la pensée logique. C'est la société qui fournit à l'individu les catégories (le temps, l'espace, le nombre etc.) et les concepts nécessaires pour la pensée logique. (shrink)

There is a long tradition in philosophy and literary theory defending the view that engagement with literature promotes readers’ empathy. Until the last century, few of the empirical claims adduced in that tradition were investigated experimentally. Recent work in psychology and neuropsychology has now shed new light on the interplay of empathy and literature. This article surveys the experimental findings, addressing three central questions: What is it to read empathically? Does reading make us more empathic? What characteristics of literature, if (...) any, affect readers’ empathy? While experimental studies have delivered no conclusive answers to these questions, it has exposed their psychological complexity and constructed a more nuanced picture of the diverse ways in which literature interacts with our empathic capacities. (shrink)

The Spinoza party -- The Tractatus Theologico-Politicus: a democratic manifesto -- The Tractatus Politicus: a science of the state -- The Ethics: a political anthropology -- Politics and communication.

Издание содержит: хрестоматия; философы; психологи; литературоведы, искусствоведы; мастер изобразительного искусства и др.

With special emphasis on Foucault's many recently published lecture series this book provides an updated, comprehensive presentation of his most important diagnoses, his many ground-breaking analytical concepts as well as a systematic account of his unique conception of philosophy.

When we perceive an object, we perceive the object from a perspective. As a consequence of the perspectival nature of perception, when we perceive, say, a circular coin from different angles, there is a respect in which the coin looks circular throughout, but also a respect in which the coin's appearance changes. More generally, perception of shape and size properties has both a constant aspect—an aspect that remains stable across changes in perspective—and a perspectival aspect—an aspect that changes depending on (...) one's perspective on the object. How should we account for the perspectival aspect of spatial perception? We present a framework within which to discuss the perspectival aspect of perception and put forward three desiderata that any account of the perspectival aspect of perception should satisfy. We discuss views on which the perspectival aspect of perception is analyzed in terms of constitutively mind-dependent appearance properties as well as views on which the perspectival aspect of perception is analyzed in terms of representations of mind-independent perspectival properties. (shrink)

We argue that the trend toward providing users with feasible and actionable explanations of AI decisions—known as recourse explanations—comes with ethical downsides. Specifically, we argue that recourse explanations face several conceptual pitfalls and can lead to problematic explanation hacking, which undermines their ethical status. As an alternative, we advocate that explanations of AI decisions should aim at understanding.

In his Treatise, Hume confronted the tensions between his project of uncovering the causal operations of the human mind and the extreme skeptical tendencies of his system. Louis Loeb argues that Hume overreaches, and he advances a controversial interpretation of Hume's epistemological framework that shows how Hume could have avoided the more destructive positions in his work.

Hume's claim that a state is a belief is often intertwined—though without his remarking on this fact—with epistemic approval of the state. This requires explanation. Beliefs, in Hume's view, are steady dispositions (not lively ideas), nature's provision for a steady influence on the will and action. Hume's epistemic distinctions call attention to circumstances in which the presence of conflicting beliefs undermine a belief's influence and thereby its natural function. On one version of this interpretation, to say that a belief is (...) justified, ceteris paribus, is to say that for all that has been shown the belief would be steady in its influence under suitable reflection. On a second version, it is to say that prima facie justification is an intrinsic property of the state, in virtue of its steadiness. These versions generate different understandings of the relationship between Parts iii and iv of Book I of the Treatise. (shrink)

The Anthropocene is heralded as a new epoch distinguishing itself from all foregoing eons in the history of the Earth. It is characterized by the overarching importance of the human species in a number of respects, but also by the recognition of human dependence and precariousness. A critical human turn affecting the human condition is still in the process of arriving in the wake of an initial Copernican Revolution and Kant's ensuing second Copernican Counter-revolution. Within this landscape, issues concerning the (...) human - its finitude, responsiveness, responsibility, maturity, auto-affection and relationship to itself - appear rephrased and re-accentuated as decisive probing questions. In this book Sverre Raffnsøe explores how the change has ramifications for the kinds of knowledge that can be acquired concerning human beings and for the human sciences as a study of human existential beings in the world. (shrink)

A dialogue between a foreign philosopher and a powerful statesman outline Plato's reflections on the family, the status of women, property rights, and criminal law.

Qu'appelons-nous " modernité "? Cette question est travaillée selon une triple orientation philologique, épistémologique et historique, en prenant pour fils conducteurs l'auto-énonciation du sujet, la constitution du " nous " communautaire, l'aporie de l'institution judiciaire. L'interprétation défendue pose que les processus opposés du devenir-citoyen du sujet et du devenir-sujet du citoyen en viennent à se recouvrir. C'est aussi le moment où le rapport du commun à l'universel devient un écart politique au sein de l'universel lui-même. Le " jugement des autres (...) " doit être rapporté à un " jugement de soi-même " attestant pour chacun sa propre normalité. Dès lors, l'humain ne peut coïncider avec l'institution du politique qu'à la condition de se retrancher de soi-même, dans la forme des " différences anthropologiques ". Le citoyen-sujet ne peut se comprendre indépendamment de son envers, qui le conteste et le défie. (shrink)

Criticism on Bhagavadgītā, Hindu sacred work.

Neste livro Gombrich discute as idéias e as posturas específicas que tiveram influência decisiva na prática da arte renascentista. Todos os estudos aqui reunidos tratam de algo a que se pode chamar clima renascentista de opiniões sobre a arte, além da influência desse clima sobre a prática e a crítica da arte.

Jeffrey E. Brower presents and explains the hylomorphic conception of the material world developed by Thomas Aquinas, according to which material objects are composed of both matter and form. In addition to presenting and explaining Aquinas's views, Brower seeks wherever possible to bring them into dialogue with the best recent literature on related topics. Along the way, he highlights the contribution that Aquinas's views make to a host of contemporary metaphysical debates, including the nature of change, composition, material constitution, the (...) ontology of stuff vs. things, the proper analysis of ordinary objects, the truthmakers for essential vs. accidental predication, and the metaphysics of property possession. (shrink)

Etienne Gilson Reason and Revelation in the Middle Ages, first delivered as the Richard Lectures in 1937, was published in 1938 and became an immediate success. Not only does it contribute to a major question of debate in Christian, Jewish, and Islamic philosophy and religion in the medieval period but it also insists on the validity of truth obtainable through reason as well as revelation, on rational argument alongside religious faith. This message is as important in the twenty-first century as (...) it was in the fourth century of the young Augustine, the thirteenth of St Thomas Aquinas, and the twentieth of the mature Gilson. (shrink)