Abstract
Este artigo analisa a interpretação que Hegel, em seus Cursos de esférica, faz da poesia de Goethe. Pretende-se aqui demarcar um modo de abordagem da relação entre o filósofo e o poeta diante de outros estudos sobre o tema, os quais partem em geral de uma comparação direta entre ambos, a partir de diferenças ou semelhanças “teóricas". Entende-se que este tipo de operação obscurece a verdadeira dimensão de suas obras, marcadas por uma série de mediações e iluminações recíprocas, que não se deixam enquadrar num esquema único e fechado de interpretação