Abstract
este artigo aborda algumas passagens do prólogo de A condição humana de Hannah Arendt e destaca algumas projeções sobre o futuro. O propósito da investigação é acompanhar a pergunta da autora sobre o que “estamos fazendo”? Este acompanhamento assinala que as realizações científicas daquela época, em meados do século XX, circunscreveram o contexto de fundo da autora. Mas, passados mais de meio século, esta pergunta feita por Arendt motivada pelas realizações científicas, deve ser recolocada em um contexto mais atualizado. O artigo se dedica a esta atualização, para tanto aprofunda as principais preocupações de Arendt com o futuro. A resposta encontrada após o desenvolvimento do texto em duas partes, ainda com o foco na pergunta sobre “o que estamos fazendo?”, reflete as dinâmicas tecnológicas e sociais dos anos mais recentes. De forma mais precisa, a resposta assinala uma preocupante ligação entre a geração de um artificialismo e a “objetividade do mundo”.