Abstract
O artigo propõe discutir as relações entre história e literatura na obra O general em seu labirinto, do escritor colombiano Gabriel García Márquez, publicada em 1989. Apresenta uma discussão baseada na historiografia sobre Simón Bolívar e destaca como o personagem foi construído pelo escritor colombiano, que lhe confere atributos caribenhos. Parte-se do pressuposto de que o romance mostra as contradições das representações de Simón Bolívar. Discute-se também o caráter utópico do projeto de Bolívar, a partir das considerações de Fernando Aínsa. Por fim, propõe-se pensar no romance como um diálogo entre o presente e o passado da Colômbia.