Abstract
RESUMO O objetivo deste artigo é apresentar, tomando por referência a filosofia de Henri Bergson e a fisiologia experimental de Claude Bernard, dois esforços análogos, ainda que sem relação direta em suas origens, em face de imperativos que se colocam ao sujeito do conhecimento que se ocupa da vida. Tentaremos mostrar, autorizados pelo próprio Bergson, no interior de determinada prática científica representada pela fisiologia experimental de Claude Bernard, uma atitude diante dos fatos orgânicos que não é o monopólio de uma filosofia que se ocupa da verificação das condições e dos limites do conhecimento da vida, problemática que, na filosofia francesa do século XX, encontra em L’Évolution créatrice uma expressão incontornável. ABSTRACT The purpose of this article is to present, taking as reference Henri Bergson’s philosophy and Claude Bernard’s experimental physiology, two analogous efforts, despite a lack of direct relation in terms of their origins, resulting from some obligations posed to the subject of knowledge who takes life as a matter of theoretical analysis. Authorized by Bergson himself, we will try to show, within a scientific practice represented by Claude Bernard’s experimental physiology, an attitude towards organic facts that is not the monopoly of a philosophy which seeks to elucidate the conditions and limits of life knowledge, a theoretical problem which, in the twentieth century French philosophy finds in the Creative Evolution its essential expression.