Abstract
A presente pesquisa objetiva discutir a leitura de Karl Popper sobre os escritos de Francis Bacon no que concerne ao método científico. Popper afirma que Bacon é um puro empirista, na medida em que o filósofo inglês sugere a indução como método seguro à ciência, e concebe as teorias científicas a partir da observação direta da natureza, ou seja, a partir da experiência. Mas será mesmo que Bacon pode ser considerado um puro empirista como afirma Popper? Na tentativa de responder a esta questão, apresentar-se-á leituras de comentadores de Bacon para que se possa contrapor às ideias de Popper. Nossa hipótese é de que a interpretação de Popper é válida, uma vez que se baseia em preceitos lógicos, porém acreditamos que sua análise desconsidera partes das obras de Bacon que fundamentam a interpretação de que este não pode ser considerado um puro empirista.