Abstract
Com o rápido desenvolvimento da técnica e da tecnologia, o campo educacional tem se mostrado estratégico para transformar a racionalidade humana em racionalidade tecnológica, alterando a consecução dos fins da própria Educação. O objetivo do artigo é analisar as contradições entre o processo de reprodução da vida material nas sociedades capitalistas e a perda de liberdade dos indivíduos inseridos e ajustados aos seus critérios e, da mesma forma, o ajustamento dos estudantes às demandas socialmente úteis ao sistema em decorrência da pretensa extinção dos cursos de Ciências Humanas dos currículos, que tende a afastar a Educação de sua prerrogativa fundamental que é educar para a emancipação. A Teoria Crítica do filósofo frankfurtiano Herbert Marcuse refere que o restabelecimento da razão humana é tarefa para uma Pedagogia Radical como forma de resistência em tempos de mercantilização da Educação. Seus argumentos contribuem para uma análise crítica e contextualizada da Educação brasileira em tempos de contrarreformas.