Abstract
O objetivo deste ensaio é retomar a importância vital que a formação ética do sujeito tem frente à condição frágil e vulnerável do ser humano. Essa finalidade é, aqui, pensada a partir da leitura que Pierre Hadot faz da Filosofia Antiga e, especialmente, da figura de Sócrates. Nos propomos a investigar a noção de “diálogo socrático” enquanto um exercício espiritual que o faz ser autor de sua própria formação. Assim, o diálogo pode ser entendido como um princípio pedagógico-formativo suficientemente eficiente para deslocar a preocupação com o conhecimento para a preocupação com o sujeito do conhecimento. Sem esse deslocamento, a formação ética do sujeito mantem-se fragilizada. Palavras-chave : Formação humana. Diálogo. Exercício espiritual. Formação ética.