Garrido, Juan Manuel. El imperativo de la humanidad. La fundamentación estética de los derechos en Kant. Santiago de Chile: Orjikh Editores, 2012. 91 pp [Book Review]

Ideas Y Valores 62 (S1):205-210 (2013)
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Abstract

En los círculos ortodoxos kantianos suelen disculparse las incoherencias del maestro diciendo que era un "hijo de su tiempo". Ciertamente, en su época aún se excluía en toda Europa a las mujeres de la ciudadanía activa, privándolas de ser sujetos políticos y, con ello, sujetos éticos, de derecho, e incluso, históricos. Pero también es verdad que en ese momento está emergiendo un movimiento en defensa de la igualdad de género (querelle des femmes), en el que lamentablemente Kant no participa. En el presente artículo, tras un preámbulo histórico en el que se confronta al Kant crítico con sus predecesores y coetáneos en lo tocante al tema de la igualdad de las mujeres, se defiende la tesis de que la verdadera moralidad no es pensable sin una idea de universalidad real o, lo que viene a ser lo mismo, de igualdad de género, porque solo a partir de ella es pensable la individualidad y la autonomía. Orthodox Kantian circles tend to excuse the philosopher's inconsistencies by saying that he was a "child of his time". It is true that in his time women throughout Europe were excluded from active citizenship, depriving them of the right to be political and, consequently, ethical and even historical subjects. But it is also true that in that same period a movement was emerging in defense of gender equality (querelle des femmes), in which Kant regrettably did not participate. After a historical introduction that contrasts the critical Kant with his predecessors and contemporaries regarding the issue of women's equality, the article goes on to defend the thesis that true morality is unthinkable without an idea of genuine universality, that is, without gender equality, since only on that basis can individuality and autonomy be thought. Nos círculos ortodoxos kantianos, as incoerências do mestre ao dizer que era um "filho de seu tempo" costumam ser desculpadas. Certamente, em sua época ainda se excluía em toda a Europa as mulheres da cidadania ativa e privava-as de serem sujeitos políticos e, com isso, sujeitos éticos, de direito, e inclusive, históricos. Mas também é verdade que, nesse momento, está emergindo um movimento em defesa da igualdade de gênero (querelle des femmes), do qual lamentavelmente Kant não participa. No presente artigo, após um preâmbulo histórico no qual se confronta o Kant crítico com seus predecessores e coetâneos no que tange ao tema da igualdade das mulheres, defende-se a tese de que a verdadeira moralidade não é pensável sem uma ideia de universidade real ou, o que vem a ser a mesma coisa, de igualdade de gênero, porque só a partir dela é pensável a individualidade e a autonomia.

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