Abstract
Contemporary critical theorists working in the Frankfurt School tradition have focused considerable attention on theories of deliberative democracy, which in general attempt to show how public argumentation can be both democratic and reasonable. In this context, political questions that involve or depend on science present an acute challenge, inasmuch as deliberation must meet especially demanding epistemic requirements. In this article, the author examines two past responses to the challenge, each of which failed to reconcile reasonableness and democracy: that of the scientists involved in policymaking in the 1940s in the United States, and that of Herbert Marcuse and the New Left in the 1960s. Both the scientists and Marcuse depended on general models of science-in-society that ultimately led them into elitist modes of argumentation. The author concludes by drawing some lessons for an interdisciplinary, argumentation-theoretic approach to science-related public argumentation. /// Pensadores críticos contemporâneos trabalhando dentro da tradição da Escola de Frankfurt prestaram considerável atenção a teorias sobre a democracia deliberativa, as quais em geral procuram mostrar até que ponto a argumentação pública pode ser simultaneamente democrática e razoável. Neste contexto, questões políticas que involvem ou dependem da ciência apresentam um sério desafio, tanto mais que a deliberação deve satisfazer requisitos epistémicos particularmente exigentes. No presente artigo, o autor examina duas respostas que no passado foram dadas a este desafio, cada uma das quais foi incapaz de reconciliar razoabilidade e democracia: a dos cientistas involvidos no desenho de políticas concretas durante os anos 40 nos Estados Unidos, e a de Herbert Marcuse e a Nova Esquerda durante os anos 60. Tanto os cientistas como Marcuse estavam dependentes de modelos genéricos de ciência-nasociedade os quais em última análise os conduziram a modelos elitistas de argumentação. O autor conclui extraindo algumas lições pertinentes para uma abordagem interdisciplinar, argumentativa e teorética à questão da ciência em sua relação com a argumentação pública.