Abstract
O artigo pretende avaliar criticamente o conceito de fé e o modo como a fé cristã é racionalmente justificada por Alvin Plantinga em sua principal obra Warranted Christian Belief (2000). Para tanto, o texto parte de uma comparação com a proposta de Richard Swinburne. Após discutir brevemente a epistemologia geral de Plantinga, o texto expõe a sua aplicação à crença em Deus e à fé cristã. A tese de Plantinga de que a fé não constitui um “salto no escuro” e que o seu componente não-teórico é semelhante ao amor erótico é comparada com a visão de Swinburne, segundo a qual a fé firme pode comportar elementos de incerteza na crença e supõe uma decisão voluntária, sendo, por isso mesmo, meritória. A comparação sugerirá que as diferenças indicam uma possibilidade de complementaridade entre as duas concepções