Abstract
O presente artigo busca, a partir da leitura das proposições 17 e 18 do livro II da Ética, inserir Espinosa na tradição filosófica que trata a memória como uma faculdade de caráter fundamentalmente imaginativo. Essa tradição tem destaque na modernidade com Descartes, cujo modelo físico de explicação dos mecanismos da memória é, segundo nossa leitura, aquele em voga no século XVII e o mesmo que serviu de base para a chamada pequena física da Ética, da qual depende a demonstração das proposições 17 e 18 do livro II.