Em defesa da linguagem pública
Abstract
Em intervalos frequentes ao longo dos anos, o professor Chomsky vituperou tanto contra noções do senso comum quanto contra noções técnicas de linguagem pública ou “linguagem externalizada”, afirmando que elas são confusas, mal definidas ou desprovidas de qualquer interesse científico. Como cientista, ele somente estaria interessado na linguagem pública se ela fosse um “objeto real do mundo real” (Chomsky, 1993, p. 39), e não uma noção “artificial” e “arbitrária” (Chomsky, 1985, p. 26). Proponho articular tal noção de linguagem pública para ele. Chomsky também condena a noção que de o propósito da linguagem é a comunicação. Sustentarei, ao contrário, que uma função primária da faculdade humana da linguagem é apoiar convenções linguísticas, e que estas têm uma função essencialmente comunicativa.