Abstract
O problema deste ensaio é o de saber se há dilemas morais. Defendo que é plausível pensar que não. Há, no entanto, diversos argumentos contra essa tese. Na primeira parte deste ensaio, formulo e discuto um dos argumentos mais influentes: o argumento fenomenológico. Depois disso, mostrarei que, caso aceitemos alguns princípios plausíveis, teremos de recusar a existência de dilemas morais. Mas essa conclusão é prima facie implausível: intuitivamente parece haver dilemas morais genuínos. A última etapa deste ensaio é uma tentativa de explicar por que esta intuição é uma ilusão. Argumentarei que nossas intuições atestam que se trata de um caso no qual não sabemos o que fazer , mas não que seja um conflito genuíno de obrigações