Trabalho alienado em Marx e novas configurações do trabalho

Princípios 17 (27):137-165 (2010)
  Copy   BIBTEX

Abstract

  Resumo: A teoria marxiana do trabalho alienado ocupa um papel de destaque na Filosofia política moderna. Seguindo a esteira de Hegel, Marx concebe o homem como sendo o produto de sua própria atividade, isto é, a autoproduçáo do homem pelo trabalho. Isso significa que o ser humano náo é um ser que nasce acabado, mas que se desenvolve como ser humano enquanto desenvolve as potencialidades que lhe sáo inerentes. Imerso no estudo da sociedade capitalista, Marx percebe como nela se interdita esse postulado da autoproduçáo do homem pelo trabalho. Mas, se a realizaçáo da humanidade depende da genuína atividade produtiva, do exercício do trabalho, sem alienar-se em relaçáo ao seu produto, surge a necessidade de se criarem alternativas frente a esse modo de produçáo, no intuito de se assegurarem as condições de realizaçáo da humanidade do trabalhador. As condições para o exercício do trabalho náo-alienado seráo superadas, na medida em que se superar a propriedade privada e a divisáo social do trabalho. E na linha de pensamento de Marx, a tese de que o trabalho perdeu sua centralidade náo tem lugar. Vale dizer que, se tal tese fosse admitida, seriam suprimidas as condições de realizaçáo do ser humano, pois, para Marx, trabalho e o desenvolvimento das potencialidades humanas sáo indissociáveis. O que precisa ser superado é o trabalho alienado e náo o trabalho como tal.   Palavras-Chave: Divisáo do Trabalho. Marx. Propriedade Privada. Trabalho Alienado

Links

PhilArchive



    Upload a copy of this work     Papers currently archived: 91,349

External links

  • This entry has no external links. Add one.
Setup an account with your affiliations in order to access resources via your University's proxy server

Through your library

Similar books and articles

Repensando o Trabalho.Roque Cabral - 1999 - Revista Portuguesa de Filosofia 55 (4):403 - 411.
"O Capital" como sistema filosófico.F. Soares Gomes - 1984 - Revista Portuguesa de Filosofia 40 (1/2):65 - 81.
O Homem Cí­nico.Samir Haddad - 1997 - Princípios 4 (5):215-228.
Hume e as bases científicas da tese de que não há acaso no mundo.Silvio Seno Chibeni - 2012 - Principia: An International Journal of Epistemology 16 (2):229-254.
Sobre a vida e a obra de Duns Scotus.Luís Alberto De Boni - 2008 - Veritas – Revista de Filosofia da Pucrs 53 (3).
Hybrid Type Theory: A Quartet in Four Movements.Carlos Areces, Patrick Blackburn, Antonia Huertas & María Manzano - 2011 - Principia: An International Journal of Epistemology 15 (2):225.

Analytics

Added to PP
2013-04-12

Downloads
4 (#1,595,600)

6 months
2 (#1,232,442)

Historical graph of downloads
How can I increase my downloads?

Author's Profile

Agemir Bavaresco
Pontifical Catholic University of Rio Grande do Sul

Citations of this work

No citations found.

Add more citations

References found in this work

No references found.

Add more references