Abstract
Neste pequeno ensaio procurar-se-á determinar como, em Miguel Reale, a ontognoseologia se constitui como uma teoria geral da experiência, onde se concretizam e se relacionam dialecticamente o ser e o conhecer. Por outro lado, aferiremos como a tese da impossibilidade da experiência metafísica e, consequentemente, do seu conhecimento parte da concepção da irredutibilidade da experiência humana, que é sempre histórica, e que, por isso, reduz a inquirição metafísica ao nível da mera conjectura. Na dialéctica entre sujeito e objecto, no processo do conhecimento, emerge o valor, a determinação axiológica, e na acção, na experiência histórica e cultural que fazemos de nós no e do Mundo emerge o sentido. Assim, pelo conhecer constituímo-nos e sendo actualizamos o Ser.