Abstract
Tanto Jean Jacques Rousseau como Hannah Arendt desenvolvem seus ideais de república no conceito de luz e sombra. O artigo focaliza o dado obscuro da república: a esfera privada do cidadão. De acordo com a lógica interna das duas teorias, a arqueologia da vida privada começa com um conceito do político. Ambos os autores são céticos com relação à concepção moderna da vida privada como uma prioridade. Eles tendem a concordar mais com a teoria política clássica. Hannah Arendt restaura a separação aristotélica entre Polis e Oikos, as esferas privada e pública. Rousseau, porém, quer uma unidade politica ao estilo platônico. A república exige a completa transparência tanto da vida pública quanto da privada