Abstract
"Mystic Maybe's": the title comes from Augustine Birrill's words on the death of Matthew Arnold. Is it true that Richard Kearney's philosophy of religion, like Arnold's reflections on the Bible, are "mystic maybe's," mere flirtations with possibility? In order to answer this question I seek to understand Kearney's expression "the God who may be" and to see if it fits into a non-metaphysical philosophy of religion. The expression is clarified by way of comparisons with Wolfhart Pannenberg's eschatological understanding of God and Eberhard Jungel's theology of possibility. One weak point in Kearney's philosophy of religion, it is argued, is its avoidance of theology in the name of the philosophy of religion. A sound philosophy of religion needs to engage with theology. /// "Mystic Maybe's" (Possibilidades místicas): Este titulo deriva das palavras de Augustine Birrill acerca da morte de Mathew Arnold. O autor do artigo pergunta até que ponto a filosofia da religião de Richard Kearney não será, tal como as reflexões de Arnold acerca da Bíblia, um mew "místico talvez", um simples namoro com a possibilidaãe. Em ordem a responder à questão, o autor procura compreender o sentido da expressão de Richard Kearney acerca do "Deus que pode ser" de modo a avaliar até que ponto a expressão se adequa a uma filosofia não-metafísica da religião. O artigo clarifica a expressão de Kearney mediante uma comparação quer com a compreensão escatológica de Deus de Wolfhart Pannenberg quer com a teologia da possibilidade de Eberhard Jüngel. Mostra-se, desta forma, que um dospontos maisfracos na filosofia da religião de Richard Kearney consiste na sua tentativa de escapar à teologia em nome da filosofia da religião. Com efeito, argumenta o autor do artigo, uma autêntica filosofia da religião não pode deixar de estar num diálogo eficaz com a teologia.