Abstract
Este artigo analisa a questão da enunciação literária em alguns dos escritos teóricos de Rousseau, em particular a Carta a D’Alembert, Do contrato social e o Ensaio sobre a origem das línguas, além do prefácio da Nova Heloísa. Neles, atenta-se ao modo como a literatura está intimamente relacionada à problemática da voz e do ordenamento das enunciações e dos corpos no pensamento político do autor, configurando assim uma política / polícia da literatura, conforme a distinção feita por Jacques Rancière.