Abstract
Esse artigo pretende discutir, em um primeiro momento, o sentido, para a psicologia de Nietzsche, da figura de Jesus n’_O Anticristo_. Mais precisamente, esse artigo parte de uma problematização dessa tipologia de Jesus, para, em seguida, fazer convergir essa estratégia psicológica com uma semiótica, isto é, uma análise do uso dos signos pelo tipo Jesus. Depois de contextualizar a discussão sobre o tipo Jesus como “simbolista” e “antirrealista”, mostramos como Nietzsche, estrategicamente, elabora em suas últimas obras uma efetiva confrontação simbólica entre o tipo Jesus e Dioniso, e a partir disso buscamos indicar algumas conclusões.