Abstract
Pretende-se analisar a compreensão de Hannah Arendt e dos teóricos críticos Max Horkheimer e Theodor Adorno sobre o papel da política na ascensão do nacional-socialismo, em seus escritos das décadas de 1930 a 1950. É proposto um estudo comparativo de suas divergências quanto à importância explicativa da política e de suas motivações para a crítica à política moderna. Serão discutidos os diferentes caminhos explicativos, os sentidos atribuídos à autoridade e à ideologia e a particularidade da discussão arendtiana sobre o terror totalitário. Partindo destas análises da política moderna, esta investigação tem por objetivo, em primeiro lugar, demonstrar o caráter estrutural do seu confronto, na concepção de poder inerente à teorização da política, tendo-se em vista o peso da liberdade e da dominação subjetiva e, em seguida, pensar o caráter profícuo de alguns aspectos de suas teorizações à luz da experiência contemporânea.