Abstract
O pensamento de Heidegger sobre as artes considerou a poesia, em primeiro lugar, e depois as artes plásticas. A música quase não é citada. De obras e compositores afirma‑se que não alcançaram relevância histórica. Ao mesmo tempo, o pensamento de Heidegger sobre a obra de arte não poderia deixar de abarcar a música e influenciar abordagens posteriores, mesmo que maneira negativa, desconstruindo certezas sedimentadas. No presente artigo, tento expor a dupla direção que caracteriza as linhas principais do pensamento heideggeriano sobre a música, bem como algumas de suas implicações.