Abstract
Bernard of Clairvaux lives in a geographic region and in a century, where politicians and intellectuals both look upon the Islam and its supporters as a religious and military danger for Western Europe and its culture. Unlike many contemporary theologians and philosophers Bernard does not engage in an intellectual controversy with Islamic positions. Even the explicit invitation of his friend, Peter the Venerable, who has let the Koran be translated into Latin, does not encourage him for such an effort. On the contrary he accepts the papal order to promote the second crusade. Why does act Bernard in this way? The article wants to show that Bernard's theological basic assumptions, especially his epistemological convictions make it impossible, to defend the truths of the Christian religion by the help of rational arguments. /// Bernardo de Claraval vive numa regiāo do mundo e num século em que lanto políticos como intelectuais olham para o Islāo e os seus apoiantes como um perigo tanto religioso como militar para a Europa Ocidental e a sua cultura. Ao contrário de muitos teólogos e filósofos, Bernardo não se compromete numa controvérsia intelectual com posições islâmicas. Mesmo o convite explícito que Ihe fez o seu amigo, Pedro o Venerável, o qual ordenou a tradução do Corão para Latim, não o encoraja nesse sentido. Pelo contrário, Bernardo aceita a ordem do Papa para que promova a segunda cruzada. Porque é que Bernardo actua desta forma? O presente artigo pretende demonstrar que as pressuposições teológicas de base em Bernardo, especialmente as suas convicções epistemológicas, tornam impossível uma defesa das verdades da religião Cristã com auxílio de argumentos racionais.