São Paulo, SP, Brasil: PZP - Politikón Zôon Publicações (
2021)
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Abstract
O referido trabalho de pesquisa se detém no desenvolvimento do pensamento científico através de uma construção teórico-conceitual baseada em Aristóteles, Bacon, Kant e Popper, convergindo para uma investigação que assinala desde a fundação da ciência em um processo que traz como perspectiva a ciência da substância (ou ciência das quatro causas) de Aristóteles, mostrando a contribuição de Bacon para a instauração da ciência moderna por intermédio da concepção de um novo método indutivo e da união entre ciência e técnica com o objetivo de assegurar o domínio humano sobre a natureza. Dessa forma, o texto também se detém nas implicações epistemológicas da revolução copernicana de Immanuel Kant, cuja perspectiva, emergindo das fronteiras que inter-relacionam o racionalismo de Leibniz, o empirismo de Hume e a ciência positiva físico-matemática de Newton, instaura o horizonte do idealismo transcendental, estabelecendo a correlação fundamental envolvendo o sujeito e o objeto do conhecimento. Finalizando, a investigação sublinha que, se a leitura da epistemologia clássica e a perspectiva dos adeptos do "empirismo lógico" assinalam que a ciência demanda a exclusão de tudo aquilo que não se impõe ao horizonte que envolve a dedutibilidade analítica e a verificabilidade, Karl Popper defende que mais do que saber quando e em que condição uma teoria dialoga com a verdade a relevância não acena senão para a demarcação entre ciência e não ciência, particularmente no tocante às fronteiras que abrangem a ciência que carrega autenticidade (que emerge através da construção de Newton, submetida ao aperfeiçoamento e à correção de Einstein) e as ideologias (marxismo e psicanálise), tornando-se imprescindível a busca de uma resposta para a questão referente ao critério capaz de estabelecer o estatuto científico de um universo teórico ou de um enunciado.