Abstract
O intuito deste texto é o de registrar alguns achados e reflexões sobre o modo arqueológico como Foucault analisou a questão do discurso. A fonte primária deste estudo são os próprios escritos de Foucault, precisamente, os das décadas de sessenta e setenta. O percurso que empreendo assenta-se na perspectiva analítico-argumentativa, que, por causa da escavação dos enunciados sobre o assunto, busca descrever o entendimento arqueológico de Foucault sobre o discurso, o que, a meu ver, operou um deslocamento do signo, tradicionalmente linguístico e semiótico, para o discursivo-enunciativo. Esse movimento é o que denomino de giro arqueológico, fundamental para se entender a abordagem da Análise Arqueológica como uma Teoria do Discurso.