Abstract
Na sua obra Spectres de Marx, Derrida parte da análise da tese II da obra de Benjamin, Über den Begriff der Geschichte, onde o autor fala do índex messiânico que cabe ao historiador redescobrir e restaurar. Benjamin não se refere a este messianismo em termos teológicos nem tradicionais, mas pensa, a partir de uma ideia de secularização do messianismo, que contém um potencial inédito para a compreensão e leitura da história. Derrida segue-lhe o raciocínio e interpreta, de forma magnífica, em que consiste este carácter de “messiânico sem messianis mo” e qual o seu significado no contexto de um pensamento político e revolucionário.