Abstract
O artigo aborda o diálogo como dimensão política da linguagem. Partimos do fato de que se, por um lado, a relevância do tema é confirmada pelas dificuldades dos debates políticos sobre os problemas comuns de convivência em comunidades multiculturais e plurirreligiosas, por outro, a filosofias de Weil e de Arendt contribuem para recolocar o diálogo como uma real condição de possibilidade para a ação política. Para isso, retornamos à abordagem do diálogo como virtude, em Weil, e como expressão e construção do mundo, em Arendt, para concluir com um convite, em meio a “tempos sombrios”, para a “coragem da razão”.