Diógenes: Um paralelo entre inronia e liberdade

Prometeus: Filosofia em Revista 11 (27) (2018)
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Abstract

Neste artigo trataremos da relação entre ironia e liberdade, para corroborar ainda mais a tese de que a ironia é um componente filosófico importante da prática cínica. É sabido que o cinismo foi uma escola filosófica que presava, principalmente, pela oralidade e pela prática, sendo assim, chegou até nós pouco material para a análise do discurso filosófico cínico. O que temos em mãos são relatos de outros autores sobre o cinismo. Nesses relatos temos principalmente narrativas sobre as ações excêntricas e intrépidas de Diógenes. Em tais anedotas encontramos muitos traços de ironia, a ponto de termos uma boa margem para afirmar que os cínicos fizeram grande uso dessa arte em sua maneira de pensar, transmitir e praticar a filosofia. Além da ironia, a liberdade parece como outro aspecto importante da escola, dado que a virtude cínica necessária para uma vida feliz é a αὐτάρκεια – independência de objetos exteriores, liberdade, autonomia. Procuramos demostrar como Diógenes estrutura o seu discurso e prática filosófica fazendo quase sempre uso da ironia de modo a buscar e garantir liberdade.

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