Diante da pandemia do Novo Coronavírus, muitos foram os problemas levantados pela filosofia a partir do modo “imunitário” com o qual a civilização industrial lidou com a crise, e muito tem sido aventado sobre a necessidade de se repensar o sentido da noção de comunidades de apoio e de resistência. Exemplos disso não faltam; dentre os filósofos que abordaram a crise, encontram-se desde Giorgio Agamben a Paul B. Preciado, entre outros. Neste artigo, pretendemos partir da discussão sobre imunologia e paradigma (...) imunitário em Roberto Espósito para nos perguntar de que modo podemos pensar essa demanda por “comunidade” em meio a uma crise imunitária, no sentido biológico e político do termo. Temos por hipótese que, mais do que postular a oposição exclusiva dos termos, levantar a questão pela articulação deles nos abre dois modos possíveis de relação com a alteridade abissal que encontramos no vírus. (shrink)

This article underlines and draws attention to critical insights that Esposito makes regarding the prospects of rethinking community in a globalized world. Alongside Agamben and Nancy, Esposito challenges the property prejudice found in mainstream models of community. In identity politics, collective identity is converted into a form of communal property. Borders, sovereign territories, and exclusive rights are fiercely defended in the name of communal property. Esposito responds to this problem by developing what I call a “deontological communal contract” where being (...) and ethics are prioritized over having and economics. I examine this new perspective on community in relation to mainstream models found in contemporary and classical social theory. (shrink)