Philosophy & Social Criticism, Volume 48, Issue 2, Page 184-208, February 2022. Being critical does not come easy, not even within Critical Theory. In this article I respond to criticism of my book from 2019, Capitalism, Alienation and Critique, arguing that contemporary Critical Theory has something to learn from the founding fathers. Firstly, for Adorno immanent critique has metaphysical implications beyond Honneth’s critique of bourgeois society as inconsistent in terms of its professed ideals. Secondly, immanent critique is not the same (...) as ideology critique, and when it comes to Horkheimer and Habermas, they conducted the latter rather than the former. Thirdly, even though today nature must be our concern, answers are to be found in politics and metaphysics rather than science. Finally, critique of neoliberalism should be conducted as critique of political economy, that is, ideology critique, rather than sociological descriptions of the empirical details of globalized capitalism. Denaturalizing economics is a condition for economic democracy. (shrink)

O tema geral do presente artigo trata da antropologia histórica encontrada em “The Authoritarian Personality” e fundamentada em “Dialética do Esclarecimento”. Especificamente, abordaremos a conceituação que compreende as movimentações pulsionais enquanto natureza interna, fundamento da concepção da antropologia aqui debatida. Com isso, ao falarmos de antropologia e de natureza, não estamos nos referindo a concepções imutáveis e “biologizantes”, mas a noções históricas e contextuais. Para tanto, iremos nos voltar à “Ideia de história natural” adorniana, precisamente à dialética entre história e (...) natureza. No texto, Adorno trata de dois movimentos de tal dialética: uma concepção de Lukács, para quem elementos da história se tornam naturalizados enquanto segundo natureza, o que pode ser exemplificado com o esquematismo hollywoodiano promovido pela indústria cultural; o segundo movimento, sob influência de Walter Benjamin, trata da transitoriedade histórica da natureza, quando resquícios arcaicos reprimidos pelo sentido histórico dominante ressurgem, tornando-se possibilidade de outra orientação histórica. Este debate se mostra importante justamente porque se encontra no cerne da relação entre economia-política/sociologia e psicanálise, os domínios teóricos mais relevantes para a primeira geração da Teoria Crítica. Por mais que pensemos que há uma antropologia implícita para Horkheimer e Adorno – que enxergariam o ser humano enquanto naturalmente agressivo e destruidor –, o nosso intuito é mostrar que, se a antropologia e a natureza são históricas, o ser humano age a partir da pulsão de morte justamente porque o meio social que o forma é ele mesmo dominador, violento, reificado e alienante. (shrink)